sábado, 26 de janeiro de 2013

FREGUESIA DE SANTO ONOFRE


REGIÃO                      CENTRO
SUB REGIÃO              OESTE
DISTRITO                   LEIRIA
CIDADE                       CALDAS DA RAINHA
FREGUESIA                SANTO ONOFRE
Heráldica
Brasão


Escudo papelonado em folhas de árvore de verde, com um camaroeiro de prata acompanhado de duas bilhas de ouro; em ponta, faixeta ondeada de prata e azul de três tiras.
Coroa mural de prata de três torres.
Listel branco com a legenda a negro: “CALDAS DA RAINHA – SANTO ONOFRE”


Bandeira:
De amarelo, cordões e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.


Orago
O elemento aglutinador da devoção popular ao apócrifo Santo Onofre, cuja imagem se encontra na Quinta dos Pinheiros, levou à sua escolha para nome da Freguesia. Também chamado de Santo Honofre e São Onouphrius.
A vida de Santo Onofre só é conhecida pelo que conta um de seus discípulos, São Paphnutius (também conhecido por São Pafúncio), que o encontrou no deserto no Egipto.
Onofre viveu no Egipto no final do século IV e início do século V, tornou-se monge num mosteiro perto de Tebas, de onde saiu para viver uma vida de eremita e contemplação.
Por 60 a 70 anos Onofre viveu só no deserto e usava como vestimenta apenas o seu cabelo e uma espécie de calças feitas de folhas. Não obstante, foi um tema muito popular na arte medieval. É muito festejado em Espanha e vários são os milagres a ele atribuídos.

Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Habituado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, este abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a vivê-la.
Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando totalmente exausto e sem forças caiu ao chão. Neste instante viu aparecer uma figura que o fez estremecer. Era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas. Era comum os eremitas serem encontrados com este aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto.
Ao primeiro instante Pafúncio pôs-se a correr, assustado com aquela figura. Porém minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse o seu nome e explicou a sua verdadeira história. Havia sido monge de, mas se sentira chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita a exemplo de São João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.
Onofre falou sobre a fome e sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima a gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio a esta gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu repentinamente diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou (conta a lenda que foi um anjo que trouxe a comida de ambos).
Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de se tornar um eremita. Mas, Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir a sua morte. Depois deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a Eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de Junho. Pafúncio enterrou-o na montanha e o lugar imediatamente desapareceu.
Retornando à cidade escreveu o livro da vida de Santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus, divulgando a história por toda a Ásia. Durante a Idade Média a devoção a este Santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das Cruzadas.

Na liturgia da Igreja Católica Santo Onofre é mostrado como um velho eremita vestido apenas com um longo cabelo e uma folha cobrindo sua cintura. Algumas vezes é representado com um anjo trazendo o pão da Eucaristia com uma coroa a seus pés.

Santo Onofre é o padroeiro dos tecelões, talvez porque tecia sua própria roupa com fios de plantas encontradas no deserto. Santo Onofre é celebrado no dia 12 de Junho.

Historia

Freguesia das Caldas da Rainha – Santo Onofre é uma das duas freguesias da Cidade das Caldas da Rainha e a mais recente das dezasseis freguesias que compõem o Concelho caldense. Nasceu juridicamente a 31 de Dezembro de 1984. Tem uma área de 8.75 Km2 e a sua população ronda os 12 500 habitantes.



Exemplar das muitas pias que
foram utilizadas para banhos no Balneário das Águas Santas
 Situada a pouca distância do centro da cidade foi inicialmente conhecida como Bairro das Águas Santas. Esta designação prende-se com o facto de em 1852 terem aparecido nesta zona nascentes de águas medicinais hiposalinas, isentas de contaminações que não só serviam de abastecimento de água à população como mais tarde se constituíram no afamado Balneário das Águas Santas que tratava fundamentalmente de doenças de pele (dermatoses). A partir dos anos 60 as instalações foram-se degradando e hoje permanecem apenas alguns vestígios.
Entendeu-se dar-lhe o nome do apócrifo Santo Onofre, cuja imagem se encontra na Quinta dos Pinheiros.
A criação da Freguesia foi fruto da sinergia dos seguintes e sucessivos enquadramentos históricos: Balneário das Águas Santas; Início e desenvolvimento do bairro de gente mais humilde, situado junto da linha de caminho de ferro, conhecido actualmente por Bairro da Ponte; Início do Bairro das Morenas, a princípio muito degradado; Início e desenvolvimento do Bairro dos Arneiros, com a interligação operada com o Bairro da Ponte; O elemento de devoção popular a Santo Onofre; O extraordinário espírito gregário dos moradores desta zona, que bem explica a existência de algumas organizações sociais da Freguesia e por outro lado justifica a indomável vontade da constituição da Freguesia, levada a efeito graças ao empenhamento de um punhado de homens.

Imagem do Santo Onofre na
secretaria da sede da junta
 
Nos seus principais bairros ainda hoje se destacam algumas colectividades que nasceram graças ao empenho e espírito associativo dos seus moradores, nomeadamente a Sociedade de Instrução e Recreio “Os Pimpões”, a Associação Cultural Desportiva e Recreativa Arneirense e o Futebol Clube das Caldas.
A norte confronta com a Freguesia de Tornada, a sul com a Freguesia de Santa Maria de Óbidos, a oeste com a Freguesia de Nadadouro e a este com a Freguesia das Caldas da Rainha - Nossa Senhora do Pópulo.

A Freguesia ao capitalizar ao longo dos anos um conjunto de circunstâncias favoráveis à sua renovação e revitalização, possui, tanto no campo cultural como desportivo, estruturas essenciais ao desenvolvimento de toda a cidade.

São disso exemplo a Biblioteca Municipal, a Expoeste (Centro de Exposições), o Centro de Juventude, as escolas, vários complexos desportivos, associações culturais, recreativas e desportivas, uma Zona Industrial, um Centro de Formação Profissional, assim como delegações do Ministério do Ambiente e do Trabalho.

E é com a força propulsora da renovação, potenciando as estruturas existentes e dinamizando outras, que esta Freguesia se afirma sobretudo por uma dinâmica endógena.

Entidades Escolares e Similares

Agrupamento de Escolas de Sto. Onofre:
Entidades Bancárias

Balcão BES
Associações e/ou Colectividades
Serviços Públicos
Instalações Desportivas
  • Bowling Caldas
  • Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha (Badmington)
  • Complexo Desportivo Municipal (Junto ao cemitério de Santo Onofre)
  • Piscinas Municipais (Junto ao Complexo Municipal)
  • Pavilhão Rainha D. Leonor
  • Tanque Municipal (Junto à Escola Secundária de Raúl Proença)
Outras Entidades
Centro Incubador de Empresas (Expoeste)
Posto dos CTT (Zona Industrial)
Azenhas
  • Azenha das Águas Santas

Moinhos
Moinho da Rua 15 de Agosto



Gastronomia


Beijinhos de Amêndoa

Ingredientes:
Para 20 beijinhos
  • 250 grs de açúcar ;
  • 125 grs de amêndoa ;
  • 6 gemas ;
  • 1 clara
Confecção:
1.   Pela-se a amêndoa e pisa-se até ficar em massa.
2.  Cobre-se o açúcar com água, mexe-se para o derreter e deixa-se ferver até chegar a ponto de fio forte (1).
3.  Junta-se a amêndoa, vai-se mexendo em lume brando até ligar e retira-se.
4.  Depois de morno, adicionam-se as gemas de ovos, previamente batidas juntamente com a clara. Volta a calor brando, mexendo sempre até a massa enxugar.
5.  Retira-se novamente e, quando morno, tendem-se bolinhas com os dedos untados em manteiga derretida que se vão dispondo num tabuleiro também untado com manteiga.
6.  Vão ao forno esperto até alourarem ao de leve.
Em esfriando, metem-se em forminhas de papel canelado.
(1) Este ponto encontra-se depois de alguns minutos do açúcar estar em ebulição quando forma um fio forte entre os dedos, sem partir.

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