sábado, 20 de outubro de 2012

FREGUESIA DE SOUTO DE CAMPANHOSA


REGIÃO                   CENTRO
SUB REGIÃO            PINHAL INTERIOR
DISTRITO                 LEIRIA
CIDADE                    LEIRIA
FREGUESIA            Souto da Campanhosa

Heráldica

Brasão


Escudo de ouro, dois castanheiros de vermelho, arrancados e frutados do mesmo e folhados de verde, alinhados em faixa; em chefe, flor-de-lis de azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ SOUTO DA CARPALHOSA “.



Bandeira –



De verde, cordões e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.
Bandeira para hastear em edifícios (2x3)



Estandarte





para cerimónias e cortejos (1x1)







Historia

O ano de criação da freguesia de Souto da Carpalhosa é desconhecido. Existem documentos datados de 1211 e 1218 que apontam a existência da freguesia do Souto, hoje Souto da Carpalhosa. Contudo, não é encontrada qualquer referência à constituição efetiva desta freguesia.
Sabemos, através de "O Couseiro" ou "Memórias do Bispado de Leiria", que em 1218 já era freguesia. Pertencia ao Bispado de Coimbra e tinha como cura o cónego Estevão de Santa Cruz.
Consta desta obra a transcrição da doação que certifica a existência desta freguesia."Pedro Mendes, e Pedro Vieira, e outros moradores fizeram doação duma propriedade, que tinham no lugar do Souto, ao prior e religiosos de Santa Cruz para nela se fazerem igreja e cemitério", lê-se.
Mas, se em 1218 o Souto já era um curato, pode-se perfeitamente admitir que a instituição paroquial era do início de século XIII ou até dos fins do século anterior. Tanto que, segundo o número especial de Leiria-Fátima (Órgão Oficial da Diocese) publicado a propósito do 450º Aniversário da Diocese de Leiria garante que a igreja de S. Salvador do Souto foi fundada em finais de 1180 e entregue a sua administração aos cónegos de Santa Cruz, com a obrigação de ali construírem um cemitério. Tudo isto denuncia a sua funcionalidade como igreja paroquial, ou então que se pretendia que funcionasse como tal.
Outro elemento que corrobora esta tese é a existência de uma convenção, datada de Dezembro de 1211, entre o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e os clérigos de Leiria, que definia a repartição dos rendimentos no termo leiriense. Neste documento são referenciadas dez paróquias, cinco urbanas e cinco rurais, onde nesta última categoria figura a paróquia de S. Salvador do Souto.

Evolução...

A existência desta freguesia data do século XIII, mas, atualmente, a sua área não corresponde à sua dimensão inicial. Resultante da dinâmica da população, bem como da reorganização episcopal, foram-se destacando novas freguesias.
Em 1589 foi desanexada a freguesia de Monte Redondo, que atualmente corresponde a três freguesias: Monte Redondo (1589), Coimbrão (1636) e Bajouca (1971).
Já no século XX surgem duas novas freguesias: a da Ortigosa em 1962 e a da Carreira em 1989.

A freguesia de Souto da Carpalhosa situa-se na região do Pinhal Litoral, quinze quilómetros (15km) a norte da cidade de Leiria.
Esta antiquíssima freguesia estende-se sobre uma superfície de 30,3 quilómetros quadrados (30,3km2), sendo hoje a sexta maior freguesia em área e a nona em população. As freguesias vizinhas são, na maioria, ex-território da mesma. Assim, a Norte confronta com as freguesias de Carreira, Monte Redondo e Bajouca, a Sul com a freguesia da Ortigosa, a Nascente com a Bidoeira de Cima e a Poente com a freguesia de Monte Real.
Esta freguesia localiza-se próximo dos 32.º de latitude Norte e dos 0º 20' de longitude Oeste, numa área em que o ponto mais alto se encontra próximo dos 160 metros.
O território da freguesia de Souto da Carpalhosa, apesar de se inserir numa região de relevo pouco acentuado, é caracterizado pela existência de outeiros, montes, colinas pouco acentuadas entrecortadas por vales onde situam ribeiros afluentes do Rio Lis.
Podemos identificar como principais ribeiras: a Ribeira da Assenha, que atravessa o lugar do Souto e posteriormente as Várzeas; o Ribeiro da Carpalhosa, ao qual se juntam os ribeiros de São Bento e Camarneira e do Vale da Amieira, e também a Ribeira de Monte Agudo - limite de freguesia.
As características de relevo da freguesia justificam muito o espírito de "capelinha" existente entre as localidades. As ribeiras dividem, claramente, a freguesia em três partes que em tempos idos constituíam barreiras naturais entre as várias comunidades. Antes da abertura dos principais caminhos municipais, quando as chuvas aumentavam consideravelmente os caudais dos ribeiros, tornava-os impossíveis de transpor. As deslocações à sede de freguesia eram limitadas a carreiros. O isolamento era um facto. A inexistência de vias de comunicação entre os vários lugares centrais da freguesia foi uma realidade até aos anos 60 do século XX.
Esta freguesia é constituída por 23 lugares. Podemos identificar nove localidades que se destacam. São lugares centrais que apresentam uma dinâmica social muito demarcada e independente dos lugares limítrofes.
São lugares onde se constituíram colectividades e onde existe uma igreja ou capela. Assim, consideramos:
- Arroteia
- Chã da Laranjeira (Assenha, Atalho, Camarneira e Pega)
- Conqueiros
- Moita da Roda
- Picoto
- S. Miguel (Penedo)
- Souto da Carpalhosa
- Vale da Pedra (Carpalhosa, Casal Telheiro, Estremadouro, Jã da Rua, Marinha da Carpalhosa, Outeiro, Relvinhas, S. Bento e Sargaçal).
- Várzeas
Património



Igreja Matriz, com imagem de São Salvador





Ermida de Santo António de invocação de N. Sra da Portela
Ermida de São Martinho feita no ano de 1516
Capelinha da N. Sra da Boa Morte
Mata Nacional da Charneca do Nicho
Residência Paroquial
Igreja Senhor Jesus dos Aflitos (Vale da Pedra)
Nascentes de Água Doce e Água Salgada (Vale do Lis)

Eventos Culturais (Festas populares e religiosas)
São Bento (1 de Janeiro)
Santo António (Junho)
Senhora da Saúde (Setembro)
S. Sebastião
N.S. da Conceição
Senhor dos Aflitos (1 de Novembro)
N. Senhor dos Remédios (1 de Dezembro)
Santo Ildefonso (Junho))
S. Pedro (Junho)





Gastronomia
Broa de milho
1.   Trazia-se a farinha do moinho, (o moleiro trazia a farinha e levava o milho) depois peneirava-se a farinha, era escaldada com água a ferver e levava um pouco de sal. Amassava-se e
2.   levava fermento (este era um bocado de massa que se tinha guardado da semana anterior com sal para não se estragar - era chamado crescente).
3.   O fermento era preparado com água quente, isto é, era amassado para mais tarde se juntar à massa.
4.   A massa, depois de escaldada, era amassada e,estando quase pronta, levava o fermento, acabando de se amassar e deixava-se a levedar (± trinta minutos de repouso).
5.   Quando uma pessoa estava muito tempo sem cozer broa ia pedir fermento a um vizinho.
6.   Depois da massa amassada aquecia-se o forno e aí se colocava a mesma deixando-a cozer.
     7. A quantidade e a periodicidade do cozer da broa eram condicionadas pelo número das pessoas da casa.

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