sábado, 31 de março de 2012

FREGUESIA DE PARREIRA

REGIÃO             ALENTEJO
SUB REGIÃO      SANTAREM
DISTRITO          LISIRIA DO TEJO
CIDADE             CHAMUSCA
FREGUESIA       PARREIRA

HERALDICA

Brasão

 Escudo de ouro, um sobreiro de verde, arrancado e folhado do mesmo, descortiçado de negro, entre dois cachos de uvas de púrpura, sustidos de verde; em ponta, quatro burelas ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata de três torres.
Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: "PARREIRA - CHAMUSCA".



Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Parreira - Chamusca"




Bandeira: 
Verde, cordões e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.



 A Parreira é uma freguesia do concelho de Chamusca, de cuja sede dista cerca de 24 km, no distrito de Santarém. Estando situada a sul do concelho, está edificada junto a duas ribeiras: 
 a Ribeira de Muge e a Ribeira do Chouto. Embora seja ainda de instituição muito recente, a Freguesia da Parreira foi criada a partir do Decreto-Lei 106/85, datado de 4 de Outubro de 1985.
É no entanto de povoamento antigo, pois esteve até aquela data, anexa à freguesia de Vale de Cavalos, de modo que, a sua história lhe esteve sempre associada, tendo contudo pertencido, durante cerca de sete anos, ao concelho de Alpiarça (1919-1926).



A Freguesia de Parreira teve a sua origem, como reza a sua história, em dois Casais: um denominado de Casal da Parreira o outro Casal do Salvador. 
 Em outros tempos vieram de vários lugares pessoas para trabalhar no campo (corte de mato, arroteias de milho e outros cereais, para as tiradas de cortiça, etc) entre os quais das Zonas de Montargil e 


Ponte de Sôr principalmente, que se foram fixando nestes casais, iniciando-se assim a aldeia de Parreira, onde em outros tempos não muito atrasados existia a praça, lugar esse onde se contratava o pessoal para o trabalho e onde também se realizava o bailarico, única distracção a não ser a feira da Ponte (em Ponte de Sôr) ou a feira de São Martinho (na Golegã) existente neste lugar.

Não deixe de visitar a Freguesia de Parreira, na certeza porém de poder desfrutar da beleza da floresta, apreciar o sossego dos verdes prados, praticar desportos ao ar livre. Participar em jornadas de caça e pesca, nos passeios todo terreno, bem como saborear os vários pratos típicos de caça e peixe da nossa gastronomia. Prazeres ao seu alcançe num ambiente saudável e sem poluição.



A Natureza como Património
Foi da caça que vivemos, milhares e milhares de anos, muito tempo antes de sermos agricultores ou pastores ou outra coisa qualquer.
Nesse tempo, como hoje, havia mais quem caçasse. Mas todos os animais, o Homem incluído, respeitavam, sem disso se aperceberem, a mais elementar regra da convivência das espécies: o equilíbrio entre o caçador e a presa, rigorosamente mantido pelo tempo fora, de modo que ao caçador nunca faltasse alimento e à caça não se negassem formas de se defender e sobreviver.

 Foi o Homem, o Homem do nosso tempo, que veio desfazer esse equilíbrio desrespeitando as normas da Natureza e introduzindo alterações nos ciclos da reprodução e do abate das presas que põem em causa não só a própria caça, que é uma actividade cada vez mais difícil de praticar, como a sobrevivência de algumas espécies.
0 mal não está na caça. Está na forma de caçar. Na consciência ou na falta dela por parte do caçador. Tendo deixado de ser uma actividade básica para a sobrevivência do Homem, a caça é actualmente, no essencial, um desporto, uma actividade de ar livre, um pretexto para se tomar contacto directo com a Natureza - a terra, as plantas e, claro, os animais. 
Só que o Homem caçador de hoje dispõe de armas e de processos de caça que a sua inteligência e o seu engenho criaram, com uma capacidade de extermínio que os animais não são capazes de contrariar. Instalou-se, assim, uma luta absolutamente desigual entre o caçador e a caça que, se não for gerida com prudência e bom senso, levará ao desaparecimento dos dois: da caça porque se extingue, do caçador, porque fica sem nada para caçar.


Caçar não é apenas matar. Não é sobretudo matar. É antes de mais, conhecer as espécies e os seus hábitos, respeitar a sua existência e o seu modo de viver, aceitar o princípio de que o Homem não é o único ser da Criação e muito menos o dono absoluto de tudo o que existe sobre a Terra. Há, felizmente, muitos caçadores que comungam destes princípios e que fazem da caça uma actividade saudável, digna e respeitável. Mas também há os que não...

Na floresta da nossa charneca e também nos terrenos de cultivo ainda abundam algumas das espécies que a lei permite que se cacem e das outras, das que devem ser preservadas. Coelhos, lebres, perdizes, codornizes, rolas, pombos, patos, galinholas, tordos, para além de raposas e javalis que são alvo de batidas especiais, representam a nossa maior riqueza em termos venatórios.

Locais a Visitar

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima
 

Reservas de Caça na Machuqueira, Brunheira do Grou e Mata Fome
 (Patos Selvagens, Lebres, Coelhos, Perdizes, Codornizes, Rolas, Pombos...)

 Casa Mortuária
 Campo de Jogos "Manuel do Junco" (com revaldo), e 
Campo de Jogos de Murta-Marianos
 Passeio Panorâmico na Estrada Principal




Gastronomia


Marinada de Caça
A carne de caça fica mais saborosa e macia se for marinada. Prepare uma marinada com
Ingredientes
5 dl de vinho tinto,
5 dl de água,
um pouco de vinagre,
2 cenouras e
1 cebola em rodelas,
1 pé de tomilho,
2 folhas de louro,
pimenta em grão,
2 dentes de alho e
2 cravinhos.

Preparo

1.   Introduza a peça de caça, inteira ou em bocados, nesta marinada de modo a ficar completamente coberta.
2.   Tape o recipiente e deixe ficar em local fresco durante 24 a 48 horas, virando a carne de vez em quando.
3.   Escorra a carne e enxugue-a com papel absorvente.
4.   Aqueça a margarina (100 g por 500 g de caça), introduza a carne e deixe alourar de todos os lados.
5.   Entretanto, ferva a marinada até reduzir para metade.
6.   Passe a marinada por um passador e junte-a à caça.
7.   Tape e deixe cozer suavemente até a carne estar macia.



DANIELLA ALCARPI - CHORO

TAÇA DE MANGA COM CHANTILLY

Taça de Manga com Chantilly
Felicia Sampaio
Ingredientes:
  • 600 ml de Nata para Bater
  • 450 g de polme de manga
  • 1 lata de leite condensado
  • 5 folhas de gelatina incolor
Para o chantilly
  • 400 ml de Nata para Bater
  • 6 colheres de sopa de açúcar em pó
Confecção:
1.   Dissolva a gelatina em 1,5 dl de água quente.
2.   Reservar até arrefecer.
3.   Bata a Nata  numa taça  até estas ficarem espessas.
4.   Depois junta-se o leite condensado e torna-se a bater cerca de 5 minutos.
5.   Acrescenta-se a polpa da manga e bate-se novamente.
6.   Por fim junta-se a gelatina.
7.   Deite a mousse em taças individuais, leve ao frigorífico para ganhar consistência.
8.   Na hora de servir, bata a Nata  com o açúcar em chantilly.
9.   Decore as taças com o chantilly e enfeite com doce de manga.
Sirva de seguida.

PONCHE DE PERA


PONCHE DE PERA

Ingredientes

·         8 pêras bem rijas
·         2 xícaras (chá) de vinho tinto para sobremesa
·         suco de 1/2 limão
·         1 xícara (chá) de açúcar
·         3 paus de canela
·         1 baga de baunilha (ou 2 gotas de extrato)
·         1 colher (sopa) de raspas de casca de limão

Modo de preparo

1.   Descasque as pêras com o cabinho
2.   Utilize uma panela grande o suficiente para nela caberem todas as peras
3.   Coloque o vinho, o suco de limão, o açúcar, a canela, a baunilha, as raspas e 1 xícara (chá) de água
4.   Deixe ferver por 1 minuto
5.   Coloque as pêras e cozinhe até amaciarem (de 10 a 15 minutos)
6.   Retire-as e deixe o caldo reduzir à metade
7.   Deixe esfriar por 5 minutos, coe e cubra as peras
Leve à geladeira e sirva só, ou com o sorvete.

MARIO CEZARINY VASCONCELOS

VISUALIZAÇÕES
I
suave
a vela abre
e principia
o dia

ela
que pelo azul
que corta
considera e chama
outras velas irmãs para o claro rio
e enquanto
o cais
é um enorme navio
que se nega
e no entanto cumpre
a mais estranha viagem

ela
que parte
vira
para o que abandona
um olhar de brancura
que é toda a matemática
singela
da manhã que a inspira

MARIO CESARYNI DE VASCONCELOS

PTN - NOTICIAS DE PORTUGAL E DO MUNDO



sexta-feira, 30 de março de 2012

FREGUESIA DE ODIVELAS



REGIÃO             ALENTEJO
SUB REGIÃO      BAIXO ALENTEJO
DISTRITO           BEJA
CIDADE             FERREIRA DO ALENTEJO
FREGUESIA       ODIVELAS


HERALDICA

Brasão



Escudo de azul, penhasco de prata, realçado de negro, movente da ponta; em chefe, um melão de ouro entre duas flores de girassol. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: “ ODIVELAS – FERREIRA DO ALENTEJO “.

Simbologia

O melão e as flores de girassol: Representam os produtos da agricultura local.


















O penhasco:
Representa a actividade da extracção de pedra, nas pedreiras da freguesia.






Caraterização
Sede do Concelho, a Freguesia de Odivelas, com uma área de 5,05 km2, faz fronteira com as freguesias da Ramada, de Famões, da Pontinha, da Póvoa de Sto. Adrião, do Olival Basto e com o Concelho de Lisboa.
Durante muitos anos Odivelas foi uma zona predominantemente rural. Situada às portas de Lisboa, esta terra era procurada para descanso e lazer dos reis, de rainhas e de altas personalidades.
 Entre 1940 e 1981, Odivelas regista o maior crescimento populacional. Esta época ficou marcada pela vinda de famílias do interior para a capital, à procura de melhores condições de vida, muitas delas para trabalhar na construção da Ponte 25 de abril, da Cidade Universitária e outras obras de vulto.
Segundo o Censo de 1940, existiam 3 696 habitantes. Em 1950 - 6 772, em 1960 - 27 423, subindo para 51 395 em 1970 e atingindo os 84 624 habitantes no Censo de 1981.
 A criação das freguesias de Pontinha, em 1985 e de Famões e Ramada, em 1989, provocam a redução do território desta freguesia, fazendo cair, naturalmente, o número de habitantes, que segundo o Censo de 1991, era de 53 531. atualmente, e com dados mais recentes (Censos de 2001), existem 53 448 habitantes.




A Freguesia de Odivelas tem hoje caraterísticas urbanas, registando uma das maiores densidades populacionais do Concelho (10 584 habitantes/km2).






História
No Convento do Carmo existe uma lápide que foi levada, em 1870, de Odivelas, pelo Arquiteto Possidónio da Silva. Essa inscrição é um documento precioso, para esta freguesia e a prova da sua antiguidade. Nela se pode constatar que o primeiro pároco desta igreja foi João Ramires, o qual faleceu no ano de 1183, da era de Cristo. A inscrição está em latim e datada da era de César, que nós já revertemos, aqui, para a de Cristo.


O arquiteto Gustavo Marques, que descobriu esta lápide, é de opinião que o padre João Ramires terá sido um dos guerreiros que veio com D. Afonso Henriques em 1147, para conquistar Lisboa. Se assim for, Odivelas terá oito séculos de história.


 A estrutura do povoado medieval ainda hoje está perfeitamente visível. Duas ruas o constituíam - partindo da igreja, na Rua Direita, hoje Rua Guilherme Gomes Fernandes, vinha encontrar-se com a Rua Esquerda, hoje Rua Alberto Monteiro, no Cruzeiro.

Em frente à Igreja, fechavam o circuito. O povoado desenvolveu-se em torno da Matriz e terá crescido, posteriormente, em direção ao Mosteiro de S. Dinis, junto do qual se regista um aglomerado de pequenas habitações, testemunho de outras, suas ancestrais.





 A atual Igreja Matriz é o resultado de sucessivas reconstruções. No século XVII, sofreu obras que lhe deram a estrutura que tem hoje, reconhecendo-se que recebeu beneficiações e arranjos significativos, no século XVIII.




Na área desta Freguesia houve muitas quintas que, sendo inicialmente de nobres e do clero, mudaram de donos, ao longo dos séculos, até acabarem em lotes de terreno para construção urbana. Confrontado com a povoação, e todas próximas, havia a Quinta de Vale de Flores, que foi do Rei D. Dinis, 
 a Quinta da Memória que, no século XVII era propriedade do Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles e a Quinta do Miranda que, no mesmo século, pertencia a D. Gil Vaz Lobo e acabou por ter o nome de Quinta do Mendes, no Século XX.
Além destas, muitas outras existiram, restando-nos hoje a Quinta dos Pombais, onde residem ainda os seus proprietários. É desejável que estas quintas se conservem, pois são um testemunho do nosso passado.


O nome desta terra, ligou-o o povo ao rei Lavrador. É da tradição oral que o monarca saía muitas vezes, à noite, tentando não ser notado, para vir ao seu Real Mosteiro. A Santa Rainha, porém, sempre silenciosa mas atenta, reagiu com sabedoria e discrição. Certa noite, na companhia de suas damas, veio até ao Lumiar e pararam, de archotes acesos, num sítio onde sabiam que o rei costumava passar, a fim de lhe "alumiarem" o caminho. 
Daí veio o nome de "Lumiar", mas também o nome de "Odivelas" porque Dona Isabel, sempre generosa e condescendente, disse a seu Real Esposo, quando passou junto dela - "Ide vê-las". E, daqui, se formou o nome - Odivelas.
Em relação a estas histórias brejeiras sobre este nosso Rei, nenhum historiador ou cronista nos dá indícios de terem existido fatos que as fundamentem. D. Dinis, sedutor e galanteador como poucos, o que é confirmado pelas suas "cantigas de amigo", manteve relações amorosas com várias "damas da nobreza" e os seus nomes e famílias são referidos nos documentos e nos textos dos historiadores, mas nenhuma dessas senhoras viveu em Odivelas.
Os linguistas justificam doutra forma o nome desta cidade, dizendo que veio do árabe "uadi-bélaa". Esta expressão, traduzida para português, significa "rio da Ola", ou rio do remoinho, em linguagem mais simples.
Quanto à sua evolução administrativa, a Freguesia de Odivelas, antes de 1852, pertencia ao 4º. Bairro de Lisboa, passando de seguida ao Concelho de Belém. 
Com a extinção deste, Odivelas fica anexada à Freguesia da Póvoa de Santo Adrião de 28 de julho a outubro de 1886.
Odivelas foi elevada a vila a 3 de abril de 1964 e a cidade em 13 de julho de 1990. É sede de concelho desde novembro de 1998.
O seu orago é o Santíssimo Nome de Jesus.
Bibliografia:  "Odivelas Uma Viagem ao Passado" de Maria Máxima Vaz



PATRIMONIO

Igreja Matriz
Caraterizada como um dos templos mais sumptuosos do termo de Lisboa, a igreja matriz é um templo muito antigo, reconstruído nos finais do séc. XVII e beneficiado durante o séc. XVIII.
Localiza-se perto do Mosteiro de S. Dinis, no núcleo antigo da cidade de Odivelas.
Ao cimo da dupla escadaria seiscentista, de acesso à entrada do templo, encontra-se um cruzeiro datado de 1626.
 No interior deste templo rico e majestoso, a nave é ornamentada com azulejos setecentistas onde figuram cenas bíblicas. Os sete altares, são em talha dourada. A capela mor, toda revestida de mármore, de diferentes cores, tanto nas paredes como no teto, é caraterística do séc. XVIII.
Decorado com painéis de azulejo do séc. XVIII, alusivos ao batismo, o batistério integra uma pia constituída por uma taça, possivelmente do séc. XVI, e duas pias de água de água benta, de estilo rocaille, em mármore vermelho. Na sacristia, encontra-se um lavabo de mármore do período renascentista — 1573, com uma nau esculpida.

MOSTEIRO DE S DINIS
O Mosteiro de S. Dinis, fundado pelo Rei D. Dinis, vê iniciada a sua construção em 1295.
Existem duas versões que justificam a sua construção.
Segundo a História, o monarca construiu este mosteiro, para nele acolher a sua filha D. Maria Afonso, cuja família materna possuía paço no Lumiar. Esta infanta morre ainda adolescente.
A tradição conta-nos que, andando o rei à caça na zona de Beja (ou de A-da-Beja, noutra versão), foi atacado por um corpulento urso que, investindo contra o cavalo, deitou por terra o monarca. Ao invocar os protetores S. Dinis e S. Luis, bispo de Tolosa, para sua defesa, prometeu fundar um mosteiro se conseguisse sair ileso daquele perigo. Puxou do punhal que trazia à cinta, cravou-o no coração da fera que logo ficou sem vida.
A primitiva construção do Mosteiro de S. Dinis era, na sua totalidade em estilo gótico.
A igreja do mosteiro compunha-se de três naves, flanqueada por duas torres. Desta construção inicial, restam as capelas absidais, dois dos lances do claustro novo, e o claustro da Moura.
Com os sucessivos restauros efetuados, o Mosteiro começa a perder a primitiva pureza de linhas, por volta do século XVI. Identificam-se as portas do claustro em estilo Manuelino, a fonte Renascentista, as capelas quer de mármore, quer de estilo barroco, as alpendradas, o revestimento das paredes a azulejo, já em 1671, que carateriza quer o exterior, quer o interior, nomeadamente os núcleos da antiga cozinha do convento, do refeitório das freiras, da alpendrada, do nartex e da portaria.
No séc. XVIII, depois do terramoto, fizeram-se obras que não respeitaram a traça gótica, utilizando-se o estilo neo-clássico, quer na igreja, quer nos lanços do Claustro.
A este mosteiro, estão associadas figuras históricas para além do seu fundador Rei D. Dinis, cujo túmulo datado da primeira metade do séc. XIV, se encontra na capela absidal do lado do Evangelho. Neste mosteiro morreu a rainha D. Filipa de Lencastre, refugiou-se uma outra D. Filipa de Lencastre, filha do infante D. Pedro, após a batalha da Alfarrobeira, viveu segundo as normas do ideal ascético, a irmã de D. João II, princesa Santa Joana.
A proteção das recolhidas do Mosteiro de Odivelas, era quebrada com as visitas dos reis a raparigas de seu agrado; quer D. Dinis, quer o rei D. João V frequentavam o convento, sendo que a célebre Madre Paula, era mãe de um dos filhos de D. João V.
 Em 1834 extinguiram-se as ordens religiosas, durante a Monarquia Constitucional, e em 1902 o convento foi entregue ao infante D. Afonso que nele promoveu a instalação do atual Instituto de Ensino.





JARDIM LARGO D DINIS
Situado na zona histórica de Odivelas, é neste jardim que se localizam o Coreto e o Chafariz.
A data de construção do chafariz é de 1878.
A construção do coreto inicia-se em 1910 e termina em 1913, tendo sido feita com donativos da população da freguesia de Odivelas.




Historicamente, a localização dos coretos é no centro geográfico dos acontecimentos públicos, na praça junto à igreja, no centro da vila, no meio do jardim público. É nestes locais que após a procissão, o povo se encontra na festa e para ouvir as filarmónicas. 
Utilizados para discursar durante a época republicana, na zona saloia eram também utilizados em festas onde as bandas se alternavam a tocar.
O Coreto foi erguido primeiramente ao centro do Largo D. Dinis, no local hoje ocupado pela estátua da Raínha Santa, tendo sido transferido em 1951/1952 para onde se encontra.


PADRÃO DO SENHOR ROUBADO
Localizado à saída da Calçada de Carriche, num pequeno largo junto à estrada que leva a Odivelas, encontra-se o padrão do Senhor Roubado, monumento datado de 1744.

A sua construção deveu-se a um roubo efetuado na igreja de Odivelas, em 1671, alegadamente pelo jovem António Ferreira, que aí roubou do altar-mor e de outros altares desta igreja, as contas do rosário de N. Sra. do Rosário, as vestes do Menino Jesus e da Senhora do Egipto, os Vasos Sagrados, entre outros, escondendo-os numa mata de caniços onde está hoje o Senhor Roubado.
 Numa época de extrema religiosidade, a dimensão deste caso foi tal que, quando chegada a notícia à capital, foram enviadas missivas a todo o reino, e afixados éditos prometendo recompensa em dinheiro e um emprego na justiça ou na fazenda, a quem denunciasse o autor do crime; a corte pôs luto e foram feitas procissões nas ruas.

Encontrados os objetos escondidos, e mais tarde confessado o roubo sacrílego por António Ferreira, após ter sido apanhado a roubar galinhas, por uma criada do Mosteiro de Odivelas, e tendo-lhe sido encontrada na bolsa a cruz de prata do remate do vaso dourado do Santíssimo, foi julgado em Lisboa e condenado a ser "arrastado e levado à praça do Rocio desta cidade, aonde lhe serão decepadas ambas as mãos e queimadas à sua vista, e depois seu corpo será queimado ...".
No local, numa oliveira, foi colocado um padrão de cruz, em madeira, que, mais tarde, o religioso António dos Santos transformou no padrão do Senhor Roubado, construído com pedra cedida pela pedreira da Paradela, e que o próprio realizou, pagando o restante trabalho com esmolas.
Era um local para os fiéis se encomendarem a Deus e pedirem perdão pelos seus pecados.
O Monumento ao Senhor Roubado é composto por um recinto, em forma de trapézio isósceles, com uma superfície de dez metros de comprido por oito de largura, e o arranjo arquitetónico apresenta-se a modo de templo descoberto. É uma espécie de altar ou oratório, constituído por um alpendre assente em quatro colunas toscanas e fechado por parede na parte posterior. 
No interior encontra-se o padrão que rememora o roubo sacrílego. Existe ainda no recinto um púlpito, conferindo-lhe a feição de lugar consagrado ao culto divino. Na face ocidental, um paredão inteiramente forrado de azulejos monocromáticos; nas partes inferior e superior, doze quadros ou painéis historiados, cada um composto por 72 azulejos, com legenda explicativa sobre as cenas do roubo.
PALACETE SEC. XVII
Localizado em Odivelas, este palacete urbano foi construído no século XVIII. De arquitetura barroca e neoclássica, constitui-se como um espaço de lazer e de ligação à natureza, com um logradouro e fontes tipicamente de estilo barroco.

 No interior, encontram-se pinturas neoclássicas, onde predominam motivos pompeianos, caraterísticos do séc. XIX, altura em que o palacete vê remodelado o seu interior. Encontramos igualmente, uma certa elegância dos frisos de folhas e flores, laçarias e medalhões.


QUINTA DA MEMORIA
A Quinta da Memória, também conhecida por Casa do Arcebispo, é um dos monumentos arquitetónicos cujo estado e função atuais definem toda a linha orientadora do executivo para a requalificação/reabilitação e dotação de qualidade de vida para o concelho de Odivelas.


 Esta quinta, cujas referências históricas permitem-nos viajar até aos séculos XVII e XVIII está intimamente ligada a um homem, D. Rodrigo de Moura Teles, figura notável da Igreja Católica neste período e que desempenhou vários cargos, dos quais se destacam ter sido membro do Conselho de Estado dos reis D. Pedro II e D. João V, tal como foi Arcebispo de Braga. A sua presença ainda é bem visível neste edifício, quer seja no brasão que encima o portão da entrada principal, representativo das armas que o identificavam e que resistiu aos tempos até aos dias de hoje, quer seja pela traça da construção representada nas janelas setecentistas que ainda hoje são uma evidência da Quinta da Memória.
Hoje em dia a Quinta da Memória que deve o seu nome à proximidade física do Memorial de Odivelas recuperou a sua dignidade, após muitos anos de abandono. Aliás os registos históricos pouco revelam sobre quem ocupou esta construção da arquitetura solarenga do proto-barroco português e a propriedade que em tempos se estendia por Odivelas, está hoje reduzida devido à pressão urbanística que caraterizou este território no século XX.
Com a instalação dos Paços do Concelho neste edifício, a Câmara de Odivelas reabilitou um espaço degradado e dotou-o de novas funções, devolvendo a Quinta da Memória a todos os habitantes do Concelho. Hoje em dia é um espaço público - o primeiro de um projeto de reabilitação global do núcleo histórico de Odivelas - e é nele que está instalado o Gabinete da Presidência, tal como a Assembleia Municipal, o Salão Nobre, um auditório, sala de exposições e é aqui que se faz, de igual modo, o atendimento de Relações Públicas.



GASTRONOMIA

Bolo do Amor

Ingredientes:
  • Farinha 1.400kg
  • Manteiga 1,000kg
  • Açúcar
  • Ovos (gema) 8
  • Farinha* q.b.
  • Ovo (gema)** q.b.
*para enfarinhar os tabuleiros.
** para pintar a superfície das bolas.
Como fazer:
1.    Abrir estanca na farinha;
  1. Adicionar a manteiga e o açúcar na estanca e trabalhar até obter uma mistura esbranquiçada e fofa;
  2. Misturar as gemas e envolver a farinha até obter uma massa homogénea;
  3. Tender pequenas bolas de massa para os tabuleiros, previamente enfarinhados;
  4. Espalmar cada bola com os dentes do garfo e pintar toda a superfície com a gema;
  5. Cozer no forno à temperatura de 240ºC;
Deixar arrefecer e dispor na travessa.