quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

FREGUESIA DE CABRAÇÃO



REGIÃO             NORTE
SUB REGIÃO     MINHO LIMA
DISTRITO          VIANA DO CASTELO
CIDADE             PONTE DE LIMA
FREGUESIA       CABRAÇÃO

HERALDICA

Brasão:
Escudo de vermelho, monte de prata movente da ponta, suportando duas cabras de ouro, armadas e unguladas de prata, postas em cortesia; em chefe, dez abelhas de ouro, aladas de prata e dispostas 3, 4, 3. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "CABRAÇÃO".

Bandeira:
Amarela. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.


Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Cabração - Ponte de Lima".
Parecer emitido a 23 de Agosto de 1999.
Publicado em D.R.: Nº 266 de 17 de Novembro de 2000.
Registado na DGAL: Nº 181/2001 de 04 de Junho de 2001.





HISTÓRIA






Cabração é uma freguesia portuguesa do concelho de Ponte de Lima, com 16,43 km² de área e 155 habitantes (2001). Densidade: 9,4 hab/km².




A freguesia de Santa Maria da Cabração é uma pequena aldeia minhota situada nas fraldas da Serra d’Arga cuja origem se perde nos tempos. Pertence administrativamente ao concelho de Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo e limita a norte com o concelho de Paredes de Coura.
Situada na montanha, mas de terra fértil, Cabração dista cerca de 14 quilómetros da sede do concelho. Toda, ou parte da freguesia, pertenceu ao Mosteiro de Vitorino de Donas. Teria sido uma quinta de algum nobre godo, o que se colige de uma escritura que as freiras do mosteiro levaram quando foram para o Convento do Salvador de Braga.
Ali se diz que:
"Indo D. Afonso Henriques à caça dos javalis, a esta freguesia, que é na serra de Arga, acompanhado de Nuno Velho, Sancho Nunes, Gonçalo Rodrigues, Lourenço Viegas, Soeiro Mendes (o Gordo), Gonçalo Ramires e outros fidalgos, o abade de Vitorino, D. Fernando, lhes deu aí de jantar, junto à capela de Nossa Senhora de Azevedo, no fim do qual o rei lhe demarcou o couto."
Cabração é freguesia do arcebispado de Braga. Antigamente pertencia ao concelho de Ponte de Lima, mas era da comarca de Valença.
Diz-nos Pinto Leal que:




"No reinado de D. Sancho I (1187) o seu celleireiro, por estar a capella arruinada, quiz que se lhe pagassem certos direitos, ao que se oppoz a abbadessa D. Sancha, e venceu. Depois foi vigairaria da casa de Penteeiros. As freiras do convento do Salvador de Braga apresentavam aqui o vigario ad nutum, que tinha - o passal, oito mil réis em dinheiro, 2 alqueires de trigo, 4 cabaços de vinho e a cêra para as missas conventuaes."
Referia-se ainda à abundância de caça nesta freguesia. Indicava ainda que em Cabração nascia "um ribeiro com o seu nome, ao qual também chamavam Cadoura".
Merecem referência especial nesta freguesia alguns dos seus cruzeiros, os quais simbolizam uma marcada influência do cristianismo nesta localidade. A história de Santa Maria de Cabração está associada à do Mosteiro de "Victorinho", criado, segundo o Padre António Carvalho da Costa, por D. Afonso Henriques. 


Este mosteiro terá sido extinto pelo rei D. Sancho I. No memorial feito pelo vigário Rui Fagundes sobre a avaliação dos benefícios eclesiásticos da comarca de Valença, organizado entre 1545 e 1549, sendo arcebispo D. Manuel de Sousa, Santa Maria da Cabração foi avaliada em trinta mil réis.



LENDA
Tinha já D. Afonso Henriques vencido a célebre batalha de S. Mamede, no longínquo ano de 1128, preocupava-se o jovem monarca em firmar o seu território e os contactos com tropas hostis eram frequentes... Após o recontro do Rêgo do Azar, andava D. Afonso e seus pares na caça do javali e do urso quando foram presenteados com uma refeição que o Capelão do mosteiro de Vitorino das Donas lhes fez chegar.




O repasto era apetitoso, e o rei gracejava com os homens bons que o acompanhavam... falava-se de batalhas passadas, de companheiros perdidos, evocava-se o nome do grande Lidador, Gonçalo da Maia...
Subitamente, D. Egas, erguendo-se em sobressalto, aponta ao longe, para as bandas da fronteira, um turbilhão de pó. D. Afonso, temendo que os seus fossem apanhados em má posição, interrompe a refeição e todos se preparam para montar e cavalgar na direcção do novelo de pó. Apenas o bom Capelão, que havia ofertado o repasto, se manteve impávido, continuando a sua refeição.
“Cabras são, Senhor, comei descansado”, afirmou o Capelão, rindo para o rei mais despreocupado… e para marcar aquele dia em que um rebanho de cabras foi tomado por um exército leonês, excepto pelo Capelão que mais perspicaz, mais valente ou mais guloso, se deixou ficar, diz-se que decidiu o rei coutar uma terra. Desse couto se lavrou documento que mostra a vontade do monarca e os limites do Couto de Nossa Senhora de Azevedo, hoje freguesia da Cabração.
Diz a tradição oral que o nome da freguesia vem directamente da exclamação do Capelão: “Cabras são” terá passado a “Cabração” no dito popular, e assim chegou até nós. Mas tudo não passa de uma lenda popular, pois o topónimo é anterior à época do nosso primeiro rei.


Gastronomia

BACALHAU A MINHOTA

Ingredientes
¦4 postas de bacalhau demolhado
¦colorau
¦q.b. pimenta em pó
¦óleo para fritar
¦batatas cortadas em rodelas
¦4 cebolas
¦2 colher de chá alho picado
¦2 dl azeite
¦azeitonas pretas
Modo de Preparo

1.   Polvilhe as postas de bacalhau com colorau e frite-as em óleo, deixando-as alourar de ambos os lados. 
2.   No mesmo óleo, frite as batatas.
3.   Descasque as cebolas e corte-as às rodelas.
4.   Junte os alhos, leve ao lume com o azeite e deixe alourar.
5.   Coloque as postas de bacalhau e as batatas num prato e cubra com a cebolada.
6.   Leve ao forno por 5 minutos.
Pode acompanhar com grelos cozidos e azeitonas.




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