sexta-feira, 13 de maio de 2011

FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DE FATIMA

rEGIÃO               LISBOA
SUB  REGIÃO   grande LISBOA
DISTRITO         LISBOA
CIDADE           LISBOA



Freguesia Nossa Senhora de Fátima

O patrono da freguesia é Nossa Senhora de Fátima.
Não havendo outros motivos históricos ou culturais desta moderna freguesia, optou-se por um símbolo relacionado com aquela invocação.
A escolha recaíu na azinheira, árvore escolhida pela Virgem para pousar em Fátima. 
Assente na azinheira, o Coração em chamas, nimbado de ouro,o coração que a Virgem mostrou aos pastorinhos.Tudo isto assenta sobre um gironado de negro e prata, que é o fundo do escudo. 
São as cores da bandeira de Lisboa e aqui a marcar que é uma freguesia citadina e não se confunda com qualquer outra freguesia de Fátima.
A cor da bandeira, como é norma, é tirada de uma peça principal do escudo.                  Armas Campo gironado de oito peças de negro e prata e,
brocante sobre ele,uma azinheira arrancada de verde, landada de ouro, carregada de um coração com chamas, de vermelho, nimbado e raiado de ouro. Coroa mural de três torres de prata. Listel branco com a legenda a negro:
Freguesia de Nossa Senhora de Fátima.
Bandeira Bandeira de verde, cordão e borlas de prata e verde, haste e lança de ouro.

Selo
Branco
Circular, com as peças do escudo sem indicação de
cores e esmaltes, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima.





Introdução


Na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima existem determinados imóveis que pelas suas características únicas ou interesse histórico devem ter a especial atenção de todos na sua preservação e valorização.

Os Prémios Valmor


O Prémio Valmor foi instituído pelo segundo Visconde de Valmor, diplomata e político muito conceituado no seu tempo e apreciador das belas-artes. 
Fausto de Queiroz Guedes nasceu em 1837, em Lamego, e foi o segundo e último visconde de Valmor, um título herdado do seu tio paterno. 
Profundo conhecedor da arquitetura clássica, o visconde de Valmor foi membro do Partido Progressista, par do reino e governador civil de Lisboa. 

Na véspera do Natal de 1898 morreu em Paris, deixando à Academia das Belas-Artes a quantia de 100 contos de réis, valor muito considerável para a época, metade da qual se destinava à formação de um fundo, cujo rendimento anual seria o premio a atribuir, em partes iguais, ao proprietário e ao arquiteto que tivessem construído o mais belo prédio de Lisboa.
Porém, o seu testamento deixa bem clara a condição exigida: “...com a condição, porém, que essa casa nova, ou restauração de edifício velho, tenha um estilo arquitetônico clássico, grego ou romano, romão gótico, ou da renascença ou algum tipo artístico português, enfim um estilo digno de uma cidade civilizada”. 
A 23 de Dezembro de 1902, em sessão municipal, foi criado o regulamento que legitimava a atribuição do Prémio Valmor: no primeiro semestre de cada ano, um júri de três arquitetos, nomeados pela Câmara Municipal, pela Academia-Real de Belas Artes e pela Sociedade dos Arquitetos Portugueses, analisava os prédios construídos no ano anterior, escolhendo o melhor e o que obedecesse às condições exigidas.

Das origens aos dias de hoje
 

A freguesia de Nossa Senhora de Fátima comemorou a 7 de Fevereiro de 2003 os seus 44 anos.
Mas onde hoje são avenidas largas e cheias de árvores, prédios clássicos e modernos, residências e escritórios há um chão que tem história. Que faz parte da nossa História…



A freguesia de Nossa Senhora de Fátima nasceu legalmente há 44 anos, mas há muito para trás que ficou por contar. Uma história que está intimamente ligada com o crescimento da própria cidade de Lisboa e das freguesias de S. Sebastião da Pedreira e do Campo Grande, de cujos territórios se desanexou em 1959.
Não são muito rigorosos os testemunhos históricos sobre esta zona da cidade, mas ainda há assim há vestígios que não deixam margem para dúvidas: os objetos de sílex e cerâmica do neo-eneolítico descobertos entre a avenida 5 de Outubro e a avenida das Forças Armadas, permitem situar o achado algures no ao 50 da era cristã.

Segundo os dados históricos, era pela a Avenida da
República, ainda em território da nossa freguesia, que devia passar a estrada romana que ligava Lisboa a Loures e daí a Torres Vedras. Por essa estrada antiga passavam os produtos que vinham para a metrópole, criados nas zonas rurais que bordejavam a cidade.
É do século XII, por volta de 1180, que surge a primeira designação de Alvalade, degeneração do étimo al-balat, que significa “o campo”. Era, precisamente, um planalto tomado pelos muçulmanos e onde surgiriam várias propriedades detidas por religiosos.

À medida que os campos de Alvalade iam sendo ocupados, as populações estendiam-se no território. Assim nasce o Rego, porque ali corria um regato, vindo do Campo Pequeno em direção a Palhavã, seguindo para a Ribeira de Alcântara.

Terramoto apressa crescimento

O terramoto de 1755 viria a constituir um ponto de viragem no crescimento do território lisboeta, sobretudo da zona hoje conhecida como as avenidas novas. Assustados com o terramoto e depois da destruição de grande parte da baixa pombalina, os moradores procuravam lugares mais seguros.

 Começou assim a expandir-se a zona, com o surgimento de novas quintas e o alargamento das já existentes. Um cenário, evidentemente, muito diferente do existente atualmente.
Em pleno século XVIII, existiam no território onde atualmente está implantada a freguesia dois templos religiosos: o Convento de Nossa Senhora da Conceição, na Quinta dos Louros, na estrada do Rego para o Campo Pequeno, e o Recolhimento de Nossa Senhora dos Mártires, que se situava na rua da Piedade ao Rego, que é, nem mais nem menos, a atual Rua da Beneficência.

É nos idos de Oitocentos que se começam a formar, com maior pormenor, os limites da nossa freguesia. Em pleno século XIX, na vasta área onde hoje se situa a Fundação Calouste Gulbenkian e os seus deslumbrantes jardins encontravam-se árvores do Provedor dos Armazéns. A antiga estrada do Rego (actual Rua Marquês Sá da Bandeira) entrecruzava-se com a Rua das Cangalhas, nem mais nem menos do que a actual Conde de Valmor.
Entretanto, na confluência da Igreja de Nossa Senhora de Fátima com as atuais Conde Valmor e Elias Garcia existia uma horta de grandes dimensões, a Horta do Castilho e a Quinta de D. Teresa, de onde seguia até ao Campo Pequeno a Quinta de D. João de Almeida.
Em toda a zona da avenida da República e da Rua das Picoas era já visível algum casario…

A grande mudança

Até ao findar do século XIX, a “cara” da zona manteve-se na mesma. A grande mudança aconteceria em 1988, quando o arquiteto Ressano Garcia apresentou o seu plano para a alterar a fisionomia do território. Nascem então as avenidas novas.


Feita a expropriação dos terrenos, iniciou-se o processo de urbanização da atual Avenida da República, que até chegar ao nome que conhecemos passou por outras designações: Avenida das Picoas e Avenida Ressano Garcia.
Aos poucos, o plano de expansão foi sendo uma realidade, alargando-se a ruas e avenidas adjacentes da atual freguesia de Nossa Senhora de Fátima, sendo sempre acompanhado por um importante projeto de arborização, com a plantação de choupos, acácias do Japão, faias, ailantos, acácias brancas, entre outras espécies).


A construção da Linha Férrea da Cintura em 1890, com a estação de Lisboa-Rego veio permitir um maior crescimento da zona, através do transporte de passageiros e mercadorias. Era o verdadeiro salto da zona, já que poucos anos depois, já no início do século XX, o bairro recebia o Hospital de Tuberculosos, os bairros habitacionais da Bélgica, Londres e de Santos e a Escola de Construção Civil de Palma.

É em 1934 que se inicia a construção da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que fica concluída quatro anos mais tarde. Até lá chegar houve, porém, que ultrapassar muita polémica, a propósito da arquitetura alegadamente ousada do arquiteto Pardal Monteiro. Salazar opunha-se ao modernismo das formas, mas o parecer favorável do Cardeal Cerejeira acabou por ser suficiente para que as obras avançassem.
A década de 30 foi de intensa contestação política, cujo ponto alto aconteceu a 4 de Julho de 1937, quando o presidente do Conselho, Oliveira Salazar é vítima de um atentado anarquista na Avenida Barbosa du Bocage.
Os últimos anos têm sido de verdadeira terciarização das Avenidas Novas: as casas dão lugar a escritórios e a lojas, os pequenos pontos de venda dão origem a supermercados e lojas de marcas de nomeada e muitas instituições optam pelas suas sedes ou instalações em grande edifícios. São os casos do BNY, Caixa Geral de Depósitos, Bolsa de Valores de Lisboa, RTP, entre muitas outras.

Hoje, a freguesia corresponde a um dos centros nevrálgicos da cidade Lisboa. É pelas nossas ruas que vive grande parte do lado empreendedor da capita, ainda que se consigam encontrar antigas habitações, muitas delas já de cara lavada…
População sempre a descer


Hospital Curry Cabral
Igreja N.S. de Fátima
Torre da Igreja N.S. de Fátima
A freguesia de Nossa Senhora de Fátima, cujo território se estende por 187 ha, conta atualmente com 15.291 habitantes, de acordo com os Censos de 2001, produzidos pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Esta é, porém, uma realidade em inversão, já que o número de residentes na freguesia tem vindo a cair ao longo dos anos. Tal como, de resto, tem acontecido em toda a cidade de Lisboa.
Um sector terciário cada vez mais pujante é parte da explicação, com os escritórios e lojas a roubarem espaço às residências particulares. Juntam-se os preços das casas no centro de Lisboa e a antiguidade de muitos dos prédios da cidade para que se percebam as razões do mítico despovoamento da capital.

A freguesia de Nossa Senhora de Fátima também não foge à regra. Com a remodelação administrativa feita em 1959, os Censos de 1960 registavam logo uma população de 35.262 habitantes na freguesia. Em 1970, pouco passavam dos 27.500 residentes, um número quem 1981 era na ordem dos 26 mil. Em 1991, um novo tombo: a freguesia tinha apenas 18.672 pessoas. Dez anos depois, em 2001, como se viu, são poucos mais de 15 mil os cidadãos que vivem no nosso território.
Academia de Belas Artes

Avenida   Rossano

Convento
Fundação

Escola Secundária

Caracois de Lisboa
Ingredientes
2 kg de caracóis
100 g de bacon
Sal e pimenta
1 ramo de tomilho
1 malagueta
3 dentes de alho
2 folhas de louro
1 dl de azeite

Modo de Preparo
1. Lave os caracóis em água corrente e leve-os ao lume num tacho com água e o bacon. Depois de levantar fervura, vá retirando com uma escumadeira a espuma que se vai formando.

2. Tempere com sal, pimenta, tomilho, a malagueta cortada ao meio, os dentes de alho esmagados e as folhas de louro. Cozinhe durante cerca de 25 a 30 minutos. Regue com o azeite e deixe apurar por mais cinco minutos.

3. Retire-os da panela com a ajuda de uma escumadeira directamente para o prato de servir e leve à mesa.

Como preparar os caracóis
Coloque os caracóis num recipiente com tampa ou num alguidar largo e tapado. Não os alimente durante 24 horas e, no dia da confecção, lave-os várias vezes em água corrente, sendo a última passagem feita com água e sal


Nenhum comentário:

Postar um comentário