terça-feira, 26 de abril de 2011

FREGUESIA DE TANGIL


rEGIÃO               norte
SUB  REGIÃO   minho lima
DISTRITO         Viana do castelo
CIDADE           monção




Freguesia  Tangil


Heraldica
Brasão: escudo de ouro, faixa ondada de azul e prata de três tiras, acompanhada em chefe de um globo crucífero  de azul entre duas liras de vermelho e, em campanha, de um castelo de verde, aberto, frestado e lavrado de negro. Coroa  mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “TANGIL”.
Bandeira:  verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.
Selo: nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Tangil – Monção”.
Parecer emitido em 12 de Novembro de 2001, pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
Em   27  de  Abril de  2001, o Parecer, por proposta desta junta de Freguesia, foi aprovado em sessão da Assembleia da Freguesia de Tangil.
Publicado no Diário da República de 3 de Julho de 2002.
Registado na DGAL.
Processo  e desenho elaborado por Carlos Alberto Mouteira Fernandes no ano de 2000.
Tangil, estendida pelas faldas da serra da Peneda, desde a margem do rio Vez até ao vale do no Mouro, dista cerca de dezoito quilómetros da sede do concelho. Confronta com Podame e Badim, a norte, Riba de Mouro, a nascente, Sistelo (Arcos de Valdevez), a sul, e Merufe, a poente.
E formada por um núcleo central de 25 lugares cortado a meio pelo rio Mouro, e que constitui a parte baixa da freguesia, e pelos aglomerados de Santa Marinha, Leiras, Modelos e Além, que compõem a parte alta e distante do centro (cerca de oito quilómetros). Situada em pleno vale do Mouro, no extremo sudeste do concelho de Monção, Tangil é uma povoação essencialmente rural, de terras férteis, com uma área de 2134 ha.
Como pontos de interesse turístico aponta-se o património cultural edificado, ou seja, a Igreja Paroquial, algumas capelas, a Ponte de Tangil e as casas da Ladreda e do Pedral.
Mas neste campo, temos de fazer ainda referência, também, às belezas naturais da freguesia, citando os moinhos, açudes e azenhas no rio Mouro, os miradouros da Senhora da Vista e de Santo António e uma praia fluvial.
Parte da população emigrou e cerca de 60% dos que ficaram dedicam-se a uma agricultura de auto-subsistência. No entanto, há que salientar o investimento de jovens agricultores sobretudo na área da pecuária.
Não houve investimento industrial nos últimos anos e as únicas actividades nesse sector, geradoras de trabalho, relacionam-se com a carpintaria, serralharia e a construção civil. O índice de desemprego não é relevante e verifica-se sobretudo quando se trata da procura do primeiro emprego.
Com grande parte da sua população emigrada, os que ficaram dividem-se pela agricultura, de subsistência, e pela construção civil, pequeno comércio e serviços. 
A abundância de água para rega proveniente do rio Mouro e seus regatos e a fertilidade natural do solo fazem desta freguesia uma das mais férteis do concelho. Para além dos seus extensos montados, propícios ao pastoreio, milho, vinho, azeite, hortaliças, legumes e frutas são os principais produtos que aqui se colhem e farturam a mesa, com destaque para o vinho tinto, um dos melhores da região.
O rio é igualmente decisivo para o desenvolvimento do potencial turístico desta terra. As suas águas límpidas, as condições óptimas para a pesca desportiva, os seus moinhos e azenhas, as belas margens, o aprazível sítio da ponte de Tangil são atributos a merecerem atenção.

Um dos maiores orgulhos de Tangil é a sua Banda de Música (da Casa do Povo).


Com mais de 150 anos de existência, é considerada uma das mais importantes filarmónicas do concelho. 
Parte da população emigrou e cerca de 60% dos que ficaram dedicam-se a uma agricultura de auto-subsistência. No entanto, há que salientar o investimento de jovens agricultores sobretudo na área da pecuária.
Não houve investimento industrial nos últimos anos e as únicas actividades nesse sector, geradoras de trabalho, relacionam-se com a carpintaria, serralharia e a construção civil. O índice de desemprego não é relevante e verifica-se sobretudo quando se trata da procura do primeiro emprego.

Segundo informações colhidas junto da autarquia, a falta de apoio do PDM e a própria situação geográfica de Tangil, No âmbito das comunicações existe em Tangil uma estação de correio e distribuição diária de correspondência
 







Na área do ensino, a escolaridade oferece aos residentes da  freguesia, um estabelecimento de ensino pré-primário público, duas escolas públicas de ensino básico do 1.º ciclo e uma escola do 2.º e 3.º ciclos até ao 9.º ano.
A Extensão de Saúde, uma farmácia, um posto da GNR e os serviços de Correio, são aspectos de salientar.



A Banda de Musica da Casa do Povo de Tangil com mais de 150 anos é uma referência não só para Tangil mas também para o Concelho de Monção  e do Norte do País.




 RESENHA HISTÓRICA 
No lugar de Fomelos existia a honra dos filhos de algo, a qual, pelos menos em 1258, compreendia, além dos apêndices naturais, quatro casais organizados e assim distribuídos: dois dos cavaleiros-fidalgos próprios, um do mosteiro ou igreja de Merufe e o outro dos herdadores, mas todos honrados pelo paço de Fornelos (“in Fornelos há 1111, casaes et dizem que é onra’, lê-se nas Inquirições de D. Afonso III).
A paróquia do Divino Salvador de Tangil tem existência muito antiga, pois sabe-se que já se encontrava instituída pelo menos do século XII para o século XIII no julgado medieval de Valadares.
O topónimo Crastelo, anterior ao século XII, documenta a existência de populações locais muito remotas. O topónimo principal, Tangil, ainda no século XII Taagilde (“Collatione Sancti Salvatoris de Taagilde”, pode ler-se no texto respectivo das Inquirições de 1258), é o genitivo do nome pessoal de origem germânica Athanagildu(s), de modo que assim fica comprovado que aqui houve uma propriedade de um indivíduo com esse nome, vários séculos antes da nacionalidade.
No lugar de Fomelos existia a honra dos filhos de algo, a qual, pelos menos em 1258, compreendia, além dos apêndices naturais, quatro casais organizados e assim distribuídos: dois dos cavaleiros-fidalgos próprios, um do mosteiro ou igreja de Merufe e o outro dos herdadores, mas todos honrados pelo paço de Fornelos (“in Fornelos há 1111, casaes et dizem que é onra’, lê-se nas Inquirições de D. Afonso III).
Na sua memória original, o pároco desta freguesia em 1758 fala de vestígios de “três torres, uma no lugar de Crastelo, outra no lugar do Paço e outra na Costa, que são do solar dos Soares”.
Estas três torres senhoriais documentam a existência dos senhores medievais de Tangil, e a sua abundância é decerto caso raro no país.

Testemunhos hodiernos desta velha terra de fidalgos, mantêm-se, brasonadas, as casas da Ladreda e do Pedral.         
A primeira, é um antigo solar minhoto, com torre de menagem. Era o solar do capitão-mor. O escudo esquartelado contém, no primeiro quartel, as armas dos Sousas, no segundo, as dos Lobatos, no terceiro, as dos Figueiroas e no quarto, as dos Soares.

 A segunda, um solar do século XVIII, ostenta como brasão um escudo esquartelado com o leão dos Silvas, no primeiro quartel, as ramas dos Lobatos, no segundo, aspa carregada de cinco bisontes dos Araújos, no terceiro, e as armas dos Bacelares e ainda o elmo de aço aberto e por timbre o leão das armas, no quarto.

No Inventário Coletivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo, pode ler-se textualmente:
«No catálogo das igrejas do bispado de Tui, situadas no território de Entre Lima e Minho, denominava-se "Tangilde" e inseria-se na terra de Valadares. Nesta relação, mandada elaborar por D. Dinis em 1320, foi taxada em 80 libras.

Em 1444, D. João I conseguiu do papa que este território fosse desmembrado do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta, onde se manteve até 1512. Neste ano, o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu ao bispo de Ceuta a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho.

Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta. Entre os anos de 1545 e 1549, no registo da avaliação que se fez dos rendimentos dos benefícios eclesiásticos da comarca de Valença, o de São Salvador de Tangil foi calculado em 45 mil réis. Pertencia ainda à terra de Valadares.


Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, refere-se que "hua terça sem cura'" da igreja de Tangil era da apresentação de leigos. Diz-se no mesmo documento que o padroado da igreja pertencera a Rui Fernandes e, posteriormente, a Cristóvão de Moguemes e seus herdeiros.

Segundo Américo Costa, foi vigairaria colada com o título de reitoria e prestimónio da Ordem de Cristo pela da Casa de Vila Real. Passou, depois, para a Casa do Infantado que apresentava o prior.
Em termos administrativos, fez parte do concelho de Valadares, até à sua extinção em 1855, por Decreto de 24 de Outubro. Desde então passou a integrar o concelho de Monção.»


PATRIMÓNIO
Igreja Paroquial




Capela De n. S. Da Vista
 Capela De N. S. Do Juízo Final


Casa Do Pedral

Casa De Ladreda






 Alminhas De Crastelo

 








Alminhas De Polgido







Cruzeiro




















Gastronomia

Cabrito Assado no Forno
Ingredientes:
Cabrito
Dentes de alho
Sal
Colorau
Piri piri
Azeite
Louro
Vinho Branco
Tomilho
Batatas
Pimenta
Laranja
Modo de Preparo

1.  Descascam-se e picam-se finamente os alhos.
2.   Junta-se sal, colorau, uma pitada de piri piri e azeite.
3.  Mistura-se bem e cobre-se o cabrito com esta pasta.
4.  Coloca-se a carne numa assadeira de barro e rega-se com um pouco de vinho branco.
5.  Cobre-se com película anti-aderente e vai ao frigorifico a marinar de um dia para o outro.
6.  No próprio dia, leva-se o cabrito ao forno rodeado de batatinhas pré-cozidas.
7.  Rega-se tudo com mais um pouco de azeite e polvilha-se com o tomilho.
8.  Retira-se quando estiver pronto

Nenhum comentário:

Postar um comentário