quarta-feira, 16 de março de 2011

FREGUESIA DE ROCAS DE VOUGA


Gastronomia
Rojões à moda de Aveiro











Atualmente, os cerca de 2800 habitantes desta freguesia, dividem-se pelos seguintes lugares: Sanfins, Nespereira de Baixo, Nespereira de Cima, Borralhal, Vila Seca, Portela, Sendinha, Covelo, Granja, Ribeirada, Irijó e Souto Chão.

Povoação de tradições milenárias, o topónimo "lrijó" (um dos lugares de Rocas do Vouga) é de origem Goda e sabe-se da existência de um mosteiro em Rocas, fundado antes do século XI. Segundo a tradição, aqui terá nascido o XVIII Bispo do Porto, D. Pedro Rabaldes, amigo íntimo de D. Afonso Henriques.
De Sanfins era natural o ilustre fidalgo D. Fernão Rodrigues Pacheco, que foi alcaide-mor do Castelo de Celorico da Beira e se negou a entregar as chaves do seu Castelo a D. Afonso III sem antes se certificar da morte de D. Sancho II, a quem havia jurado incondicional fidelidade.

Mais recentemente, em 1960, outro filho ilustre desta terra, o Capitão Bernardo Barbosa de Quadros doou a sua moradia e propriedades, constituindo-se a Fundação de Assistência Social que tem o seu nome e é também conhecida por Fundação do Linheiro.
As actividades económicas de Rocas do Vouga não fogem ao padrão do concelho. Vocacionados preferencialmente para a agricultura, as gentes de Rocas ocupam-se também da indústria de lacticínios, da extracção da madeira, da serralharia civil, bem como no sector hoteleiro e comércio em geral. Existem bons motivos para visitar estas terras, por exemplo, a povoação de Rocas é um quadro invulgarmente belo quando avistado de poente, com o casario multiforme parecendo acotovelar-se, para se postar, com suprema graciosidade, bem junto da Igreja Matriz. Esta constitui um património de inegável interesse para a freguesia.
Na verdade, a Igreja Matriz, com um valiosíssimo tecto de caixotões com notáveis figuras policromas de cenas religiosas, é o mais importante património artístico de Rocas do Vouga. No seu interior, pode ver-se uma peça de arte sacra e elevado valor material e artístico - a Custódia da Igreja. Há ainda a cruz processional, em prata minuciosa e delicadamente burilada, verdadeira obra prima do primeiro terço do século XVII.
A Cruz Processional da Igreja de Rocas (Igreja do Senhor dos Passos) é talvez a mais nobre peça de arte sacra de todo o Distrito de Aveiro. Pelas suas características e estilo clássico, foi classificada por João Couto e António Gonçalves no livro "Ourivesaria em Portugal", como uma obra dos finais do século XVI.
 No entanto, ao nível da datação, as suas características suscitam algumas dúvidas, pelo que alguns estudiosos a têm considerado uma peça lavrada durante o primeiro quartel do século XVII.






Para uma visita mais atenta à freguesia, recomendam-se também, a Capela da Quinta do Linheiro; os Lugares de Souto Chão e Irijó, vistos da estrada para a Granja, com os terrenos em socalcos, na íngreme encosta, parecendo suportar, lá ao cimo os povoados; e, finalmente, a fábrica de produtos lácteos em Sanfins.
Igreja Matriz, com um valiosíssimo tecto de caixotões com notáveis figuras policromas de cenas religiosas cenários de cariz religioso, pendendo sobretudo para a Vida e Crucificação de Cristo.
Também as pinturas em tábua de finais do século XVI, representando a "Ressurreição e o Nascimento", são dignas de menção. A primeira apresenta Cristo que tem a seus pés as cabeças dos soldados, como elmos. A segunda apresenta S. José e a Virgem Maria contemplando, com ar de adoração, o Menino. Ainda no seu interior, pode ver-se uma peça de arte sacra de elevado valor material e artístico - a Custódia da Igreja. Há ainda a Cruz Processional, em prata minuciosa e delicadamente burilada, verdadeira obra-prima do primeiro terço do século XVI.


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