quarta-feira, 30 de março de 2011

FREGUESIA DE JANEIRO DE CIMA




REGIÃO               centro
SUB  REGIÃO   cova da beira
DISTRITO         castelo branco
CIDADE            fundão
Freguesia Janeiro de Cima




Historial
Por volta do século XVI, XVII, (desconhece-se a data precisa), um senhor, talvez nobre, possuidor de grandes bens e terras nas duas margens do rio Zêzere, resolveu ao morrer, legar os seus bens aos dois filhos de nome januários, entregou a um, as terras da margens direita do rio, ao outro, as da margem esquerda, assim nasceu Janeiro de Cima, na margem esquerda e Janeiro de Baixo na margem direita.

A formação de Janeiro de Cima não começou no local onde hoje se encontra. A primeira pedra foi lançada numa pequena elevação ainda hoje chamada esmouroços, local onde construiram a sua primeira igreja, uma capela em honra do Divino Espírito Santo.
No entanto, e segundo reza a lenda, nos esmouroços as formigas eram muitas e atacavam os berços das crianças, principalmente no verão.
Foi então que os antigos, que eram muito sabidos, decidiram soltar os muitos animais que possuiam (burros e vacas) por uma noite e no local onde esses animais fossem pernoitar construiriam eles as suas casas, a sua nova morada.
Ora esses animais apareceram ao amanhacer num pequeno vale denominado cabeço do vale, onde se construíram as primeiras casas feitas de gogos de quartzite amarela tiradas do rio, entremeadas com xisto negro e argamassadas com barro da região.
União foi o que existiu durante séculos entre Janeiro de Cima e Janeiro de Baixo, freguesia pertencente ao concelho vizinho da pampilhosa da serra. Estas duas freguesias andaram ligadas durante muito tempo e ambas fizeram parte integrante do mesmo concelho, até meados do séc. XIX.
A mais antiga é Janeiro de Baixo, que já existia ao tempo do arrolamento paroquial de 1320. Esta freguesia viria a tornar-se um importante centro religioso de uma extensa área de aquém e além Zêzere, do qual por desagregações sucessivas se constituíram as freguesias de Janeiro de Cima, Bogas de Baixo e Orvalho.
Janeiro de Cima foi um curato anexo à vigairaria de Janeiro de Baixo e da apresentação do vigário. O cura, como o próprio escrevia nas memórias paroquiais de 1758, tinha de "renda todos os anos vinte e sete alqueires de pão, metade centeio e metade trigo, quinze almudes de vinho, dois alqueires de azeite, nove mil réis em dinheiro e o pé de altar".
A freguesia não tinha donatários, sendo da coroa, e fazia parte da comenda de S. Domingos de Janeiro de Baixo, e Santa Maria da Covilhã.
            Notáveis são as diversas informações que fornece sobre o "rio desta terra". A começar pelo nome do mesmo que faz derivar de Júlio César, por este general romano "ter habitado" ou acampado nalgum ponto estratégico do rio.


Também "é certo que em algum tempo se tirou ouro e outros metais de suas areias e voltas deste rio, e a razão é por ainda se conhecerem as levadas que vêm do mesmo rio por penhas e terras fragosas mais de duas léguas e estarem muitos sítios cavados e demolidos, as quais minas dizem alguns que foram feitas pelos mouros, outros dizem que pelos romanos, e ainda em tempo presente costumam algumas pessoas tirar fagulhas de ouro do mesmo rio, digo, de suas areias".

A freguesia de Janeiro de Cima situa-se juntos às margens do rio Zêzere, a cerca de 45 quilómetros da sede do concelho, pela estrada nacional n.º 238.
Confinada no extremo sudoeste do concelho tem como fronteira do concelho da Pampilhosa da Serra, o rio Zêzere, e ocupa uma área de 11,92 quilómetros quadrados.

Cultura

A cultura do Linho e a produção do fio perde-se na origem dos tempos. Este foi outrora orgulho do rico e aconchego do pobre,depois os tempos mudaram e a sua produção entrou em decadência. Mas, de repente num verdadeiro retorno às origens temos jovens artesãs que se dedicam a não deixar morrer esta arte milenar.
Agricultura

 









 

A agricultura é uma atividade de subsistência e é praticada, em pequenas explorações, por agricultores, na sua maioria idosos, que utilizam pouco mais do que as técnicas dos seus antepassados.

Zêzere. Um estranho nome cuja origem mais plausível estará na designação de uma modesta árvore de pequenas flores brancas e frutos negros que abundava nas suas margens, o azereiro, também conhecido por zenzereiro. Miguel Leitão de Andrade, um historiador do século XVII, originário de Pedrógão Grande, pôs a circular por volta de 1629 uma lenda que atribuía uma origem diversa ao nome, e explicava, ao mesmo tempo, a génese do próprio rio.

A nascente situa-se a cerca de 1900 metros de altitude, próximo do planalto da Torre, o ponto culminante da serra da Estrela e de Portugal continental.
O Zêzere resumia-se a um leito pedregoso por onde desfilava um tímido fio de água, que às vezes quase se escondia na imensidão verdejante do vale. Lembrei-me de Ferreira de Castro, que sobre este trecho do Zêzere escrevia: "Era uma pobre, trémula fita de água, ora muito estreita, ora mais larguita, às vezes quase invisível, que se lançava lá do alto por um sulco ou diáclese da rocha negra, aberta para lhe dar melhor caminho." O tempo estava esplêndido, com uma temperatura amena, e o Cântaro Magro brilhava ao sol oblíquo do amanhecer.

Junto aos abrigos de pedra e telhado de colmo, pastores conduzem os seus rebanhos monte acima, em direcção a pastos mais abundantes, enquanto os animais vão mordiscando a erva que encontram pelo caminho. Um quadro de uma imensa beleza e tranquilidade, só perturbada, de vez em quando, por algum carro que passa na estrada alcatroada a meio da encosta.



Os cerca de 260 quilómetros de extensão fazem deste rio um dos maiores
inteiramente português. O Zêzere é um rio quase selvagem e caprichoso que sulca terras de pastores, enquanto atravessa a Estrela, e se torna utilitário após passar perto de Belmonte. São as suas águas que irrigam e dão vida aos férteis e produtivos campos da Cova da Beira, e eram essas mesmas águas que accionavam as rodas das azenhas, dos lagares e dos engenhos das fábricas. Para além da água para a rega, que bombeia do Zêzere com um fumarento motor, do rio também tira-se algum peixe, "só para passar o tempo"


As lavadeiras da aldeia ali iam lavar a roupa. Os moleiros aproveitavam a força da corrente para fazer andar a roda as azenhas e os seus regadios.





O rio mais bonito que se possa imaginar, com margems cobertas de verdura, uma àgua brilhante reflectindo o céu e o arvoredo.



Praia do Rio Zêzere de Janeiro de Cima, (areia ou relva), tudo para o bem estado dos seus utentes.
E claro que este verão o sol sera presente.
O rio na primavera leva muita agua





















































Gastronomia
Arroz de Tortulhos
Ingredientes
tortulhos q.b.
2 col sopa de azeite
1 cebola
2 alhos
sal e pimenta q.b.
1 tomate ou polpa
arroz

Modo de Preparo

1.  Quando se apanham os tortulhos devem cortar-se aos pedaços retirando as partes que já não estão boas para comer
2.  Lavam-se muito bem com água quente para retirar o resto de terra que ainda possam conter.
3.  Só se lavam quando for para cozinhar.
4.  Refogar a cebola e o alho em azeite.
5.  Juntar o tomate e depois de tudo desfeito triturar caso se queira o molho mais lisinho.
6.  Acrescentar os tortulhos.
7.  Eles largam bastante água por isso convém deixar cozinhar um bocado.
8.  Temperar de sal e pimenta.
9.   Juntar a água necessária e quando esta levantar fervura acrescentar o arroz.

Pode-se comer assim apenas ou acompanhar com carne grelhada.





Mapa

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