segunda-feira, 28 de março de 2011

FREGUESIA DE GERAZ DO MINHO

REGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO   AVE
DISTRITO         BRAGA
CIDADE            POVOA DO LANHOSO
Freguesia Geraz do Minho






Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no
Diário da República, III Série de 10/10/1996
Armas - Escudo de prata, dois cachos de uvas de púrpura, folhados de verde e uma pipa de negro, com aros de ouro e realçada do mesmo. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda em maiúsculas de negro : “ GERAZ DO Minho
Bandeira -  De verde, cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro



Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1)







GERAZ DO MINHO é uma freguesia do concelho da Póvoa de Lanhoso caracterizada por um rico e vasto passado histórico.
Apesar de pouco se conhecer sobre os primórdios da sua fundação, há referências sobre a existência no Museu Martins Sarmento, em Guimarães, de alguns monumentos funerários (antas) e restos de cerâmica do tempo da pré-história, encontrados em terras do lugar de Infesta.
O mesmo acontece com outros vestígios, como a anta e um "cadeirão" ainda existentes no cume do Monte de Santo Tirso. Escavado numa rocha, a posição deste último sugere ter sido o local onde o "chefe" presidiria às diversas cerimónias e comunicaria com o seu povo
A mais antiga designação da freguesia parece ter sido aquela que fez parte do cadastro de 1527 - "Santo Estevam de Jaraz". A designação actual foi-se fixando ao longo dos tempos mercê de vários acontecimentos.
Por meados do século XVIII, a actual área da freguesia estava dividida em duas freguesias: Santo Estevão de Geraz e Santa Tecla de Geraz.
Segundo o inquérito de 1758, a freguesia de Santo Estevão de Geraz foi "aldeia e paróquia do termo do concelho de Póvoa de Lanhoso, na comarca de Guimarães" e "constava o seu povo de 103 fogos com 393 almas de comunhão". Foi também a primeira abadia dos condes do Sabugal.
Por seu lado, Santa Tecla de Geraz contava, nesse mesmo ano de 1758, com uma população residente de 111 pessoas. Até 1853, esta última pertencia ao concelho de São João de Rei, altura em que esse concelho foi extinto. Em 1855 essas duas freguesias foram anexadas, fruto de nova divisão administrativa, e integradas no concelho de Lanhoso, já com a designação de Geraz do Minho para se distinguir, presume-se, da que existia no concelho de Viana do Castelo, Geraz do Lima.
Curiosa, também, é a referência aos lugares da freguesia e à sua evolução linguística. Por essa altura, considerava-se lugar da freguesia como sendo qualquer local onde houvesse habitantes nem que fosse constituído por apenas uma habitação. O certo é que o actual número de lugares existentes reflecte esse mesmo princípio. Graças aos registos paroquiais é possível constatar a existência dos actuais lugares, a escuro, de alguns que já deixaram de existir e de outros que foram assistindo à evolução da sua designação: 
Amaraens (Amarais), Bilheira (Abelheira), Além, Arcas, Berredo, Boavista, Botica, Bouça, Burgo, Cabo, Campo, Calva, Calvário, Casa do Senhor, Costa, Costeiras, Devesa, Feijo (Fijô), Fontão, Freiguesas, Galegos, Guxumar (Guixumar, Guixomar, Guichomar), Igreja, Infesta, Leira Longa, Longaínho, Maltez, Matos, Moínhos, Moiraria (Mourama), Monte, Olival, Outeiro, Paços, Parede, Pena, Penedo, Pinheiro, Ponte, Porcas (Porcaz, Porquas, Portas), Prógua, Quintas (Quintães), Rego, Ribeiral, Ribeiro, Santa Tecla, Santo António, Serdeirinha, Tanoaria, Trástola e Veiga d'Agra.

Há, ainda hoje, na freguesia de GERAZ DO MINHO, muitos sinais "de um passado fidalgo" como é o caso do seu riquíssimo património. Se outrora tinha tido enorme importância pela riqueza das suas terras, a partir do século XI, a freguesia passou a projectar-se a nível nacional pela presença assídua de personalidades notáveis da época. 


CASA DE BERREDO E TORRE DE GERAZ

D. Osório, conde de Cabreira e Ribeira, recebeu como doação do conde D. Henrique, seu companheiro de armas desde França, governador do Condado Portucalense a partir de 1096 e pai de D. Afonso Henriques, o Solar de Berredo, uma casa apalaçada com torre, no lugar de Berredo. Segundo o ilustre investigador Cremildo Pereira, a extensão das "Terras de Berredo", que ficavam adjacentes ao Solar de Berredo, não podem ser precisas mas, pela descrição de alguns acontecimentos, é de supor que deveriam incluir todo o "..."Vale de Gerás", que incluía as actuais freguesias de Gerás do Minho e Ferreiros (designada em alguns pergaminhos por Ferreiros de Gerás) e, total ou parcialmente, as de Covelas, Moure, Águas Santas, Monsul e S. João de Rei...".

O Solar de Berredo foi ocupado em 17 de Março de 1809 pelo Franceses e daí até hoje foi desaparecendo sem deixar vestígios. Já nessa altura, o próprio general Nicolau Soult, do alto de Pena Província, admirou a beleza  desta paisagem e exclamou "... e deu Deus estas maravilhas a estes bárbaros.". Mais tarde desceu a Geraz do Minho e aboleteu-se no Solar de Berredo. 
Oitocentos anos antes, neste mesmo solar, viveu Maria Pais da Ribeira, “a Ribeirinha”. O nosso Rei D. Sancho I, apaixonado pela sua beleza, passou a ser um seu visitante assíduo. Aliás nestas aldeias minhotas, segundo rezam as crónicas, sempre houve lindas mulheres, sendo uma delas a Maria Moniz. Mas "a Ribeirinha" era uma senhora de rara beleza e que não passou despercebida ao nosso rei. Já anteriormente o rei de Leão, Bermudo III, frequentava estas freguesias, dando largas aos seus devaneios rodeado de belas companhias femininas.
Berredo teve brasão, cujas pedras dizem terem sido vendidas, com campo azul, castelo de prata ardendo em chamas que lhe saem pela porta, frestas e ameias, assente num penedo de sua cor em ponta. Como timbre - o castelo incendiado.
Actualmente o lugar de Berredo tem pequena dimensão territorial e no local onde se presume ter existido o Solar, ergue-se uma casa em granito, típica da região, reconstruída muito recentemente.
D. Monio (ou Moninho) de Cabreira, filho de D. Osório, valoroso guerreiro das forças de D. Henrique e de seu filho D. Afonso Henriques, seguiu as pisadas do pai. Participou em 1112 na batalha de Astorga, quando morreu D. Henrique. Participou, também, em 1128 na batalha de S. Mamede contra as forças de D. Teresa e, ainda nesse mesmo ano, nas batalhas de Cerneja e Arcos de Valdevês contra D. Afonso VII, rei de Leão. As vitórias nestas últimas batalhas teriam proporcionado a posse de algumas terras na Galiza que mais tarde teve de restituir para pagar a sua libertação quando foi vencido e preso em Badajós.
Hoje, admite-se, por se dar como certo ter lá vivido durante muito tempo, que foi D. Monio (ou Moninho) de Cabreira quem mandou construir "...um solar com torre na encosta oposta a Berredo, na área que hoje constitui a freguesia de Ferreiros...Como a construção foi feita em terras do Vale de Gerás, ficou conhecida por "Torre de Gerás"...". Segundo o historiador Padre Arlindo Ribeiro, "Pena foi que em alguns sítios, como em Berredo, a acção demolidora dos Séculos, de mãos dadas à incúria desleixada dos homens, não deixasse pedra sobre pedra. Mais feliz foi a Torre dos Machados."

Conhecida por Torre dos Machados por ter sido a casa-mãe dos Machados, a Torre de Geraz ainda hoje pode ser admirada no "...escarpado e rude afloramente
 granítico, nas fraldas da Serra do Carvalho...". O solar "Sofreu reparações e restauros que o desfiguraram a pouco e pouco, mas nunca perdeu as características gerais da traça primitiva." A última reconstrução foi mandada efectuar, em 1923, pela tia do actual senhor da Torre de Geraz, D. Luís José Machado da Gama Berquó.
D. Martim Moniz, filho do segundo matrimónio de D. Mónio (ou Moninho) de Cabreira, nasceu, presume-se, no início do século XII, na Casa de Berredo, mais propriamente, há quem o diga, na Torre de Geraz. O seu apelido constitui um patronímico - filho de Monio. Nobre cavaleiro, capitão das hostes de D. Afonso Henriques, tomou parte activa nas suas conquistas, tendo participado em várias batalhas, sendo que a sua acção, na batalha de Ourique (1139) e nas tomadas de Santarém e Lisboa (1147), onde viria a morrer entalado numa das portas do Castelo de Lisboa (hoje, de S. Jorge), foi sempre classificada de notável, valente e prodigiosa.
Em segundo casamento foi casado com D. Teresa Afonso, filha de D. Afonso VI, Rei de Leão, se bem que os seus descendentes tiveram proveniência apenas do seu primeiro casamento.
Em Lisboa existe oficialmente uma rua Martim Moniz, lançada entre o cruzamento da rua da Palma com a de Fernandes da Fonseca e o Poço de Borratém, convergindo com a rua do Arco do Marquês de Alegrete. Existe, também, ainda que não oficialmente, um espaço a que o povo chama Largo Martim Moniz, espaço esse, criado com as demolições iniciadas pelo palácio do marquês de Alegrete.
D. Paio Moniz, irmão de D. Martim Moniz, era pai de Martim Pais do Beiro, tenente das Terras de Lanhoso, e de D. Teresa Martim de Berredo, primeira dama a usar o apelido Berredo, cuja filha viria a casar com D. Mendes Rodrigues de Briteiros. Este era bisavô de D. Maria Gonçalves de Berredo que viria a casar-se, no século XIV, com D. Rui Vasques Pereira, da 2.ª geração dos Pereiras de Cabeceiras de Basto, tendo levado como dote o Couto da Bouça de Berredo.
Tem havido, durante estes últimos anos, algumas incorrecções na ligação dos Pereiras de Berredo aos Pereiras de onde descendia D. Nuno Alvares Pereira, o Condestável. Segundo as investigações de Cremildo Pereira no "Nobiliário de Famílias de Portugal", de Felgueiras Gaio, o condestável era descendente, isso sim, do ramo dos Pereiras iniciado por D. Gonçalo Gonçalves Pereira, arcebispo de Braga.

Da mesma forma se poderá afirmar que o alcaide que incendiou o Castelo de Lanhoso, no século XIII, D. Gonçalo Rodrigues Pereira, não poderia ser de Berredo, em função das datas atrás referidas, mas sim de Palmeira de Riba de Vizela.

CASA DA BOUÇA

O edifício, que ainda existe, viu muito alterada a sua traça original por sucessivas ampliações e melhoramentos nos séculos XIX e XX. No espaço que compreendeu a Quinta da Bouça existiram, em tempos, uma capela e um cemitério, situados num terreno junto à bouça do Longaínho e próximo do ribeiro. As ruínas e algumas pedras tumulares ainda eram visíveis no início do século XX. À medida que foram sendo feitas obras na Quinta apareceram restos de cerâmica e de ferramentas, moedas e bolas dos canhões que se presume terem sido usadas pelos Franceses na segunda invasão. Dois genuflexórios em pedra, que teriam servido para as orações de padres e frades ali residentes, continuaram no local durante muito tempo.
O apelido Pereira não aparece nos registos paroquiais da Casa da Bouça entre o século XVI e o século XIX.
No dia 17 de Março de 1806, aquando da invasão de Geraz pelas tropas francesas, foram mortas, entre outras pessoas, o trisavô paterno de Cremildo Pereira, tendo sido ferido com gravidade o seu bisavô paterno, João Manojo Coelho. Ambos foram transportados de padiola para a Casa da Bouça. A confirmação destes factos foi feita pelo investigador Cremildo Pereira, através de registos escritos no "Livro de Família" da Casa da Bouça e com o auxílio dos registos de óbito.

Ainda hoje existe o edifício, mas as várias restaurações foram fazendo desaparecer algumas das suas características iniciais. As suas origens remontam à época dos Machados da Torre de Geraz cujo primeiro ascendente foi D. Monio (ou Moninho) de Cabreira, senhor da Casa de Berredo.
D. Pedro Machado, um dos seus descendentes era filho primogénito de D. Leonor de Magalhães e de D. Vasco Machado, pagem da lança do Santo Condestável, senhor da Torre de Geraz e de outras propriedades afins. D. Pedro Machado combateu ao lado de D. Afonso V e, por esse facto, foi recebendo terras confiscadas aos partidários do infante vencido. Também "...foi trinchante do Infante D. Fernando e combateu em África onde faleceu em 1464 no assalto frustrado à cidade de Tânger, sob o comando do referido Infante." D. António Machado, um dos seus filhos casou com D. Leonor de Andrade "...donde vêm os Costas de Mesquita da Quinta da Costa em Geraz..."
A construção da Casa da Costa deverá ter sido efectuada durante os séculos XVI ou XVII. Na entrada existe um portal em forma de arco. Por cima do arco quebrado existe um brasão em forma de escudo, dentro do qual se encontra um capacete de cavaleiro. Uma inscrição por cima do brasão diz o seguinte: FRANCISCO DA COSTA O MANDO FAZER: ANNO 1668.

Jorge da Costa Mesquita mandou construir e viveu na Casa da Costa, muito provavelmente, alguns anos antes da data referida na inscrição. É o que se conclui da data de construção e de doação de uma Capela, que actualmente faz parte da Igreja Paroquial, doada pelo próprio Jorge da Costa Mesquita, por escritura lavrada em 25 de Julho de 1615 e erguida em honra de Nossa Senhora da Luz (actual Nossa Senhora das Mercês). Na ombreira de duas portas pode ler-se a inscrição: NOSSA SENHORA DA LUZ DESTE SENHOR COM A SUA ESMOLA.
O teor da inscrição leva-nos a pensar que o portal foi erguido depois da própria Casa da Costa estar já construída. A Casa da Costa pertence actualmente a descendentes.
Casa de Paços
Situa-se em frente à Casa da Costa e conserva muito pouco das suas características iniciais. Está dividida em duas: uma que conserva, dentro do possível, as características exteriores iniciais, já que também foi restaurada por dentro, e uma outra que acabou por ser toda restaurada ao estilo moderno talvez pelo facto de não pertencer actualmente aos descendentes.
As suas origens estão relacionadas com a Casa da Costa, já que provêm dos mesmos ascendentes: D. António Machado e D. Leonor Andrade. Seus descendentes, os Barbosas de Vasconcelos foram os senhores da Casa de Paços.
No tempo do Rei D. Dinis, a Casa de Paços pertencia a D. Teresa Paes Bogalho, irmã do nobre Ruy Paes Bogalho.
Pensa-se ter sido construída no século XVII. À entrada existe um portal com uma pedra de armas. É um brasão muito grande e no seu interior nota-se uma cruz, parecida com o símbolo das cruzadas.
 
CASA DA CALVA

Esta casa senhorial ainda se encontra bem conservada. Apesar de ter sofrido algumas alterações, o seu interior parece um autêntico museu. A antiga igreja, outrora incorporada na casa é, actualmente, uma sala de estar. O local do sacrário ainda se conserva e à entrada, por cima da porta, existe uma cruz gravada na pedra. A antiga capela é hoje a cozinha. Os outros compartimentos da casa apresentam as características iniciais, possuindo mobílias e louças antigas.
Nesta quinta existe algo intrigante. Todas as construções existentes possuem o número 264. A existência da data de 1785 inscrita num coberto (local onde se guardam os cererais) leva a concluir que deverá ser esse o ano da construção da Casa da Calva.
Existe quase que uma lenda sobre a história desta quinta. Dizem que ela teria pertencido a um conde de Guimarães que a vendeu a Pedro Alves de Sousa. Este tinha quatro irmãos e, por testamento, a quinta deveria passar para um deles, uma irmã, na condição dela casar com um determinado senhor. Ela recusou fugindo para casa de um outro que amava realmente. Pedro Alves de Sousa deserdou-a e deixou-a à avó do actual proprietário. Quando esta morreu deixou a quinta à sua filha, mãe do proprietário e esta ao seu filho Sebastião Alves de Sousa.
Diz-se que no monte que pertence à quinta existia uma árvore que protegia das autoridades qualquer pessoa que tivesse praticado algum crime. O proprietário teria então a última palavra.
CASA DO PENEDO

Esta casa encontra-se em ruínas, assim como a capela de Nossa Senhora (construída no século XVIII), que dela faz parte integrante, o que é uma pena dado o seu


Conta mais ou menos 800 anos. É constituída por uma capela e por uma nave central. Esta última deveria ter sido construída no século XI ou XII. Em 1614, o senhor da Casa da Costa Jorge da Costa Mesquita mandou construir a capela que se encontra do lado esquerdo da nave central. Na ombreira da porta que lhe dá acesso podem ler-se as seguintes inscrições: N. S. Da LUS 1615. Na outra porta do mesmo lado lê-se: Deste Senhor com a sua esmola.
O altar que existe na capela é lindíssimo, digno de ser admirado.
Em 1674 foi construída a capela do lado direito da nave central. Na porta pequena que dá entrada para essa capela existem umas inscrições imperceptíveis. Restaurada em 1979, foi de novo intervencionada ao nível do seu interior em 2003.
As sepulturas existentes no seu interior estão numeradas de 1 a 60.
Recentemente, na entrada principal, foram descobertas quatro sepúlturas que se estima terem centenas de anos.
Em frente da Igreja ergue-se o cemitério paroquial, mandado construir logo depois da revolução da Maria da Fonte. Em 2006 realizaram-se obras de ampliação.
Capela de N.Senhora do Sameiro

De estilo moderno, foi  construida em 1979 a mando de Adelino Rocha. Situa-se no lugar da Casa do Senhor.


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Igreja Paroquial

Capela de Santa Tecla

Era a antiga igreja da freguesia de Santa Tecla de Geraz, até à sua junção, em 1855, com Santo Estevão de Geraz. Construída no século XII, teve recentemente uma intervenção de restauro das suas paredes exteriores. O seu adro encontra-se degradado.

É uma capela antiga, não existindo qualquer referência quanto à data da sua construção. O edifício encontra-se num estado razoável e o adro é de terra batida
Casa de São Vicente













Casa rústica minhota do século XVII, mais propriamente de 1627, integrada numa propriedade agrícola com espigueiros, varandões e eiras. Possui capela datada de 1623 com curioso retábulo setecentista de sabor popular.
Casa de Prógua
Conjunto habitacional rústico, com origens no século XVIII, enquadrado por vinhedos e oliveiras.




 


Existe um cruzeiro de pedra, constituído por uma base, uma coluna redonda e ligeiramente mais larga na base e por um capitel onde se encontra um globo e uma cruz. A sua construção data de 1164, tendo sido renovado em 1899. Em 1933 foi mudado da parte sul do terreno onde se situa a Casa do Senhor para um local, hoje denominado "cruzeiro". Em 1979, foi novamente mudado para a parte norte desse mesmo terreno. A mudança do cruzeiro ocorreu no mesmo dia da inauguração da capela de Nossa Senhora do Sameiro. A coluna foi recentemente quebrada num acidente de automóvel e substituída.

Gastronomia
Arroz pica no chão 
Ingredientes:
·         1 galinha
·         0,5 dl de azeite
·         3 colheres (sopa) de vinagre
·         1 cebola grande
·         2 dentes de alho
·         100 gr de toucinho
·         1 folha de louro
·         1 malagueta
·         1 tigela de arroz
·         Sal q.b.
Modo de Preparo
1.  Aproveite o sangue da galinha, deitando-o numa tigela com três colheres de sopa de vinagre para que não coalhe (como alternativa ao sangue da galinha consulte o seu talho, lá poderá encontrar pacotes já embalados).
2.  Numa panela ponha a refogar no azeite, a cebola e os alhos picados.
3.  Junte-lhe a galinha cortada aos bocados pequenos e os miúdos (excepto o fígado), o toucinho cortado, o louro e a malagueta cortada ao meio.
4.  Refogue tudo, tempere com sal e deixe estufar em lume brando. Cubra a carne com água quente, tape a panela e deixe cozer até a galinha ficar macia.
5.  Depois de cozida retire a galinha e rectifique a água para que fique na proporção de 3/1 para a cozedura do arroz.
6.  Assim que levantar fervura junte o arroz.
7.  Três ou quatro minutos antes de ficar pronto junte o sangue, misture-o bem, junte também a carne e deixe apurar.


 





 

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