quarta-feira, 23 de março de 2011

FREGUESIA DE BATALHA



REGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO   pinhal interior
DISTRITO         leiria
CIDADE            batalha
Freguesia Batalha

Escudo verde, duas espadas de prata empunhadas de ouro, passadas em aspa e apontadas em riste; em chefe, escudo de prata, com cinco escudetes de azul, besantados do campo, postos em cruz, os laterais apontados ao centro,; em ponta, portal renascentista com aro tribolado contendo um arco policêntrico, tudo em ouro.



Coro mural de prata de três torres.
Listel branco, com a legenda a negro “Freguesia da Batalha”



A Batalha foi palco de grandes momentos históricos, desde a presença romana até às lutas decisivas pela independência, deixando um incontornável património cultural.

Situada na margem esquerda do rio Lena, a Vila da Batalha deve a sua origem à construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, como ex-voto de uma promessa cumprida, feita no campo onde foi travada a Batalha Real.
O primeiro núcleo populacional, maioritariamente de origem operária pois integrava bom número de artífices que trabalhavam nas obras do mosteiro, foi crescendo e prosperando ao longo do século XV, tendo sido elevado à categoria de Vila, a 18 de Março d 1500, através de carta régia de D. Manuel, que na véspera tinha delimitado o seu termo (concelho) bastante menor que o actual. Já em 1512 foi criada a Paróquia (ou freguesia), da Exaltação da Santa Cruz.













O nome e a própria vida a Vila da Batalha estão pois, intrinsecamente associados à história do Mosteiro, a sua principal pérola monumental que a transforma num dos locais mais visitados da região e do país.

Outros monumentos, embora de menor valia artística, podem ser visitados na vila da Batalha: a Igreja Matriz, iniciada no ano de 1514, com um portal manuelino de mestre Boutaca; a capela da Santa Casa da Misericórdia de estilo barroco/joanino do século XVIII; e a Ponte da Boutaca, obra revivalista e traça neo-gótica, da segunda metade do século XIX, localizada a poente do Mosteiro.



A vila da Batalha com o Mosteiro da Batalha, seu ex-libris, integra uma das principais rotas turísticas do país, cujo principal factor de alavancagem é o turismo religioso, com Fátima à cabeça e que depois contempla o segmento patrimonial estendendo-se para o interior até Tomar, com o seu convento e, para o litoral, a Alcobaça e Óbidos, sem menosprezar o produto “sol e mar” com as praias da Nazaré, S. Martinho do Porto e S. Pedro de Moel.

Mas no interior da Vila após visita ao mosteiro é possível, bem próximo dele, observar a Igreja Matriz da Exaltação da Santa Cruz, templo quinhentista e a Capela da Santa Casa da Misericórdia, do séc. XVIII, em estilo barroco/joanino. E, se não faltar o fôlego, merece uma breve visita a Capela da Sr ª do Caminho, ao fundo da rua que tem este nome e se inicia junto ás Capelas Imperfeitas. Esta Capela, talvez do séc. XVIII, a que está associada uma bonita lenda esteve outrora emparedada no muro da Cerca Conventual do qual, ainda hoje, restam abundantes vestígios.



Para os mais corajosos recomenda-se uma passagem pela Ponte da Boutaca, construída na segunda metade do séc. XIX, estilo revivalista e traços neo-góticos, situada a poente da fachada do mosteiro e que nos pode levar ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, em S. Jorge, onde tudo começou.


Encostada à direita da fachada principal ergue-se a Capela do Fundador. Não estando prevista no plano inicial do Mosteiro, deve-se à decisão de D. João I de fazer um panteão familiar, tendo cabido a mestre Huguet a responsabilidade do seu planeamento e construção, concluída por volta de 1433/34. É um espaço cheio de significado histórico e artístico. Com ele surge, pela primeira vez em Portugal um local próprio exclusivamente destinado a panteão régio. São importantes as suas propostas, arquitectónicas e escultóricas. De planta quadrangular, transmuta-se ao centro num octógono coberto com uma complexa abóbada estrelada que se transforma em autêntico dossel glorificador do rei D. João I e da rainha D. Filipa de Lencastre, inumados em grandiosa arca tumular.

Capela do Fundador
Sobre a tampa desta que é a maior arca gótica quatrocentista em Portugal estão esculpidos os jacentes emparelhados do casal régio, mão dada, cobertos por baldaquinos com os seus escudos de armas; no rebordo, por entre ramos e folhas, as suas divisas “Y me plet” e “por bem”; nas faces duas longas inscrições em latim resumem os seus méritos e acções; na cabeceira a cruz da Ordem da Jarreteira (que D. João recebeu) com a inscrição “hinny soit qui mal y pense”.

Na parede de fundo, no lado sul, estão os túmulos, do 2º quartel do século XV, dos filhos destes reis, a “ínclita geração” como lhes chamou Camões. Da direita para a esquerda: túmulo do Infante e Regente D. Pedro e sua mulher Isabel de Urgel, duquesa de Coimbra; de D. Henrique, o Navegador e Mestre da Ordem de Cristo (com estátua jacente); do Infante D. João, mestre da Ordem de Santiago e sua esposa D. Isabel; de D. Fernando, mestre da Ordem de Avis, que morreu com fama de santo, no cativeiro de Fez.
De princípios do século XX são as três arcas funerárias, mandadas fazer pelo Rei D. Carlos I, que se encontram no lado poente da Capela. Aqui estão sepultados, da esquerda para a direita: O rei D. Afonso V, neto de D. João I, o rei D. João II, filho de D: Afonso V; e, finalmente, o príncipe herdeiro D. Afonso, filho de D: João II, morto precocemente, em 1491, num acidente a cavalo na região de Santarém

Igreja
Quando se entra na Igreja de Santa Maria da Vitória pela sua porta principal, dificilmente se consegue iludir a forte impressão de majestade e grandeza que a visão do seu interior origina. Esta grandiosidade (mais de 80 metros de comprimento, por 22 metros de largura e 32,5 de altura) compreende-se por realizar ambicioso projecto de D. João I: programa monumental que expressava muito mais a afirmação do seu poder, e o sentido do Mosteiro como panteão real do que uma vocação conventual, até porque a comunidade dominicana nunca foi em número que justificasse tal dimensão.
Organiza-se em três naves, as duas laterais mais estreitas e mais baixas que a central. As naves conduzem ao transepto, onde ao centro do cruzeiro encontramos um moderno altar-mor que antecede a cabeceira. Esta é constituída por cinco capelas poligonais, antecedidas de tramos rectos, sendo a central mais alta e profunda do que as quatro laterais. A elevação da Capela-mor em dois andares, com frestas de iluminação preenchidas com vitrais, datando os mais antigos dos primeiros anos do século XVI, constitui uma inovação na arquitectura gótica portuguesa, circunstância que, aliada à grande altura a que se ergue, igual à da nave do meio, contribui para acentuar a profundidade desta última, de que se assume como remate luminoso e transparente.
As abóbadas tanto da nave central quanto das colaterais são nervuradas com ogivas e cadeias, tendo ao centro largas chaves ornamentais com temas vegetalistas de acentuado naturalismo, aspectos que permitem pensar ter sido mestre Huguet o responsável pela finalização desta cobertura.
A porta lateral, de quatro arquivoltas de arco quebrado, deve-se a Afonso Domingues, que aqui utiliza uma linguagem ainda arcaizante nos elementos decorativos das arquivoltas e na definição do gablete pontiagudo. A novidade maior desta porta tem a ver com a aposição, sobre o campo definido pelo gablete, dos brasões dos fundadores do mosteiro, em trabalho escultórico de belo efeito.
 
Vitrais
O programa de vitrais para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória - que foi, tanto quanto é possível apurar, o primeiro edifício português a receber a distinção de semelhante solução artística - começou a materializar-se provavelmente à volta de finais dos anos 30 ou do começo dos anos 40 do século XV. Entre o que desses vitrais resta, encontramos fragmentos de composições figurativas, de ornato vegetalista e de composições geométricas, sem esquecer um bom número de painéis heráldicos. Pela descrição que Fr. Luís de Sousa faz do monumento, cerca de 1623, ficamos a saber que todas as aberturas da igreja e da Capela do Fundador ainda conservavam os seus vitrais nessa data.
Mouzinho de Albuquerque, primeiro responsável pelo restauro do monumento, a partir do final de 1840, descreve o estado de avançada degradação em que encontrou aqueles vitrais e as soluções que escolheu para resolver os problemas de um sistema de iluminação em grande parte já perdido. Nas janelas das naves encontravam-se restos dos antigos vitrais, que foram apeados, desmontados e voltados a montar em novas calhas de chumbo, formando pequenos painéis, os quais, por vezes, reuniam peças procedentes de partes indiscriminadas dos vitrais originais. Os painéis assim formados destinavam-se a ser colocados a meia altura de grandes caixilhos de madeira com vidros coloridos, que, na falta de um programa de vitral propriamente dito, se pretendia que evocassem uma atmosfera perdida.
Os fragmentos que Mouzinho tinha colocado nos grandes caixilhos de madeira nas janelas das naves laterais foram retirados e tratados entre 1996 e 2005. Por se encontrarem num estado muito avançado de degradação, não voltaram para as janelas onde se encontravam. No entanto, esses são os mais antigos testemunhos da existência de vitrais no Mosteiro da Batalha e em Portugal. Tecnicamente, um vitral é um conjunto de vidros, normalmente corados na massa ou incolores, frequentes vezes pintados, montados numa estrutura de calhas de chumbo.
O primeiro vitralista da Batalha de quem temos conhecimento chamava-se Luís Alemão e veio trabalhar para o mosteiro no final dos anos 30 ou no início dos anos 40 do séc. XV. As características dos vitrais mais antigos aproximam-nos de obras da Francónia e de Nuremberga, no sul da Alemanha, de onde Luís Alemão era certamente oriundo. Os fragmentos que dessas obras nos chegaram mostram profetas com rolos fechados ou abertos, bem como patriarcas, santos e anjos mensageiros. Outros apresentam cenas da vida de Cristo ou relacionadas com a Sua morte e ressurreição.
Alguns dos vitrais do século XV exibem um estilo de base idêntico aos anteriores mas as suas figuras, pintadas com superior refinamento em grandes superfícies de vidro incolor, são mais elegantes. A grande afinidade destas obras com vitrais que se conservam, uma vez mais, em Nuremberga, faz pensar que, por meados do século XV, terá ingressado na oficina da Batalha algum novo artista, compatriota de Luís Alemão.
No final do século XV, aparecem os primeiros sinais de mudança para uma arte com preocupações realistas. Porém, só no decurso da primeira década do século XVI, irão aquelas preocupações realistas ser acompanhadas de profundas transformações na maneira de pintar, com mestre João, um artista de provável origem flamenga.
Na segunda década do século XVI, D. Manuel encomendou conjuntos completos de vitrais para as janelas da capela-mor da igreja e para as da sala do capítulo, onde se encontra reflectido o poder da família real, através dos seus retratos e das suas armas, bem como o dos Dominicanos, associados àqueles. Os vitrais foram concebidos e os seu vidros pintados por artistas que eram praticantes de pintura de cavalete, entre eles o pintor da corte de D. Manuel, Francisco Henriques.
Os vitrais da sala do capítulo, datados de 1514, foram provavelmente concebidos por aquele pintor, ainda que pintados por outro artista, cuja identidade se desconhece. Tal como os vitrais da capela-mor da igreja, o conjunto da sala do capítulo é entendido como um grande retábulo, neste caso um tríptico, pelo qual se distribuem cenas da Paixão.
O mosteiro da Batalha foi o centro português de criação de vitral, nos séculos XV e XVI, onde se instalou a maior parte dos praticantes daquela arte, que daqui se deslocou a outros pontos do País para satisfazer diversas encomendas, muitas delas do próprio rei, como no caso da Batalha.
Sabe-se que, até ao final do século XVII, foram contratados vitralistas, sem interrupção, para a manutenção das obras dos séculos anteriores. Durante a centúria que se seguiu, o estado dos vitrais agravou-se substancialmente devido não apenas á falta de cuidados mas também ao terramoto de 1755. As perdas acentuaram-se até ao início das obras de restauro, no final de 1840.
A partir de cerca de 1870, voltaram-se a produzir vitrais na Batalha, desta vez pela oficina de restauro do monumento. Iniciou-se então a substituição de caixilhos de madeira com vidros de cores por verdadeiros vitrais.
A substituição dos caixilhos de madeira foi retomada, no início dos anos 30 do século XX, em algumas das janelas da nave central da igreja, pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que para esse efeito contratou a oficina lisboeta de Ricardo Leone. Estas operações foram interrompidas em 1931, data em que se iniciou o restauro dos vitrais da sala do capítulo. Seguiu-se o dos da capela-mor, até 1940. A substituição dos caixilhos de madeira por vitrais não voltou a ser empreendida.
Igreja Matriz


Igreja da exaltação da Santa Cruz
Igreja de grande beleza, embora seja muitas vezes menosprezada devido à proximidade do Mosteiro.
Foi mandada erguer pelo Rei D. Manuel I em 1514, embora a sua construção tenha terminado apenas no reinado de D. João III, em 1532. Alguns séculos depois encontrava-se em ruínas por volta do ano 1834, pior ficou em 1858 com efeitos de um terramoto. Tendo sido finalmente restaurada no século XX por volta do ano 1938 pela Direcção-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Classificada como Monumento Nacional, é uma das ultimas manifestações da arquitectura manuelina. É um templo de planta longitudinal, composta pelos rectângulos da nave e da capela-mor, este de menores proporções e ladeado pela sacristia. A fachada principal está virada a oeste, encimada por frontão contracurvado. Do lado norte ,uma torre sineira, bordejada por ornatos, balaustrada e coruchéu piramidal. O pórtico deste templo, da autoria de Boytac, é um dos exemplares mais expressivos do manuelino principalmente pelo arco-padieira . Nas pilastras a ornamentação já tem muito de renascentista
A Igreja da Misericórdia é de inspiração barroco-joanina, foi construída no século XVIII.
É um templo de planta longitudinal, composta pela nave rectangular, a que se adossam várias dependências, entre as quais o corpo quadrangular da Sala do Despacho, do lado oeste. Exteriormente ,a fachada principal, virada a norte, de empena angular e cunhais rematados por pináculos, é rasgada por portal encimado por janelão balaustrado ; na fachada ocidental, uma pequena galilé sobre pilares quadrangulares, ao fundo da qual se rasga a porta travessa da igreja. Aí se destaca a varanda de barroco-joanina que encima o portal e um escudo em pedra no lintel da janela.

Ermida de Nossa senhora do Caminho


Não existe documentação da sua construção, mas sabe-se que a sua localização junto ao muro da velha Cerca conventual, faz-nos acreditar que teria sido erguida pelos Dominicanos e fosse propriedade do seu convento até 1834, ano da expulsão da Ordem.
Sendo a Nossa Senhora da Consolação a senhora existente na Capelinha ,e não a Senhora do Caminho, ela à muitos anos popularizou-se como a Ermida da N. S. do Caminho por se encontrar junto ao caminho que vai para a Rebolaria e Golpilheira.

Igreja de Santo António
 

Igreja construída sobre uma ermida do séc. XVII datada do ano 1643. Localizada no lugar de Rebolaria, cuja a época da construção do actual monumento já é do século XX meados dos anos 50.
« Santo António teria nascido por volta de 1195, em Lisboa com o nome de Fernando Bulhões, aos 14 anos entrou para o mosteiro de S. Vicente de Lisboa. E em 1220 mudou-se para Coimbra onde se tornou monge da Ordem dos Cónegos Regrantes de Stº. Agostinho e alterou o seu nome para António. Só mais tarde se torna frade franciscano. Encarregado de varias missões pela sabedoria de que era conhecido, percorreu vários países, sempre levando uma vida pobre que lhe agravou a doença e morre em Pádua a 1231 com 36 anos. Foi declarado santo onze meses depois da sua morte pelo Papa Gregório IX.»

Capela de Santo Antão


Esta Capela fica no lugar de Santo Antão, cujo o seu padroeiro é a Nossa Senhora dos Remédios.
É desconhecida a data de construção mas julga-se ser do século XVII.No interior desta Igreja rural, com nave e capela-mor cobertas por tecto de madeira, encontra-se um retábulo antigo com figuras que se julgam do Séc. XIV.

Já quanto ao Santo Antão!...
“Sabemos que é um dos santos mais antigos: Santo Antão do Deserto, representa-se como um frade velho com um cajado, tendo aos pés um porquinho. Santo Antão é o fundador do primeiro convento de frades cristão, nasceu em 251, em Comã aldeia situada na província de Benissoup no alto Egito. Era filho de pais piedosos e ricos, que revelou desde da infância grande desejo da perfeição religiosa. Com vinte anos perdeu os pais.
Assistindo uma vez á santa Missa, ouviu as palavras do Evangelho : . Antão observou este conselho e começou vida de peregrino da fé . Vendendo tudo o que tinha herdado dando uma parte á irmã , e o restante dividiu com os pobres, retirou-se para o deserto, onde se ocupou com o coração e o trabalho. O demónio não o poupou, não lhe deixou faltar incómodos espirituais e corporais. Antão, porém, recorreu ás armas da oração e penitência, onde saiu vencedor. Uma vez isolado no interior do deserto, onde vivia numa gruta abandonada, um dia foi visitado por desconhecidos e alguns amigos, que muito o admiravam da sua boa disposição e do poder com que sarava os doentes. Quando no ano 311, Maximino decretou uma perseguição á igreja, Antão não se expôs ao martírio, mas saiu da solidão para animar e confortar os irmãos em Cristo. Terminada a perseguição um ano depois em 312, voltou a retirar-se para o de Colzim ( Morro de Santo Antão), onde continuou a vida de eremita até ao resto da vida. Quando este pressentiu que estava nos seus últimos dias de vida chamou os seus discípulos e dirigiu-lhes os últimos conselhos, e onde pediu que lhe sepultassem o corpo sem grande aparato, e não revelassem a minguem o lugar onde jazia. Morrendo assim a 17 de Janeiro do ano 356, viveu até aos 105 anos. “

Capela do Mosteiro de Visitação



Capela das Santas Almas do Purgatório.
Fica no largo da Saudade e teve o inicio a sua construção em 1988 e inaugurada em 1989.Capela mandada erigir em memória de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo e por salvação das Almas.
Tem um altar com a Nossa Senhora da Piedade, que já era padroeira da Jardoeira.

Capela agregada ao convento de freiras da ordem de Visitação, situada na localidade da Faniqueira.
A Ordem de Visitação foi fundada a 6 de Junho de 1610, por São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal em Annecy ( França).
A Ordem chegou a Portugal em 1784, com a fundação do mosteiro de Lisboa. Em 1879 foi fundado o mosteiro do Porto.
Com as perseguições de 1910, pelo regime da Iª República, as religiosas dispersaram-se por vários mosteiros europeus, acabando por se juntarem no primeiro mosteiro de Madrid, onde permaneceram até à Guerra Civil de Espanha.
Voltaram a formar uma comunidade no nosso país em 1924, num mosteiro em Guilhufe ( Penafiel) e fixaram-se, finalmente, na Batalha, em 1936 à 74 anos, (há ainda quem testemunhe a sua vinda e quem tenha ajudado nas obras que se transformou no convento que conhecemos hoje.)
A vinda para a diocese de Leiria ficou a dever-se à intercessão do Dr. Carlos Mendes e à generosidade do Bispo D. José Alves Correia da Silva, que lhes cedeu a Quinta do Casal (Faniqueira, ) , que havia sido deixada á Diocese por Júlia Chartes Crespo, com a condição de as irmãs dedicarem as suas orações ao Seminário Diocesano.

Capela da Jardoeira
 Capela dos Casais dos Ledos

Capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário
Esta capela teve o inicio da sua construção em 11.09.1976, e inaugurada em 06-05-1984, teve contribuição para a sua construção os lugares de Casais dos Ledos, Casal do Arqueiro, Casal do Marra, Pinheiros e outros.
Capela erguida no mesmo lugar de uma antiga.


A igreja de Nossa Senhora da Conceição encontra-se no lugar de Brancas, junto à Estrada Nacional nº 362. Construída entre o século XVI e o século XVII, terá substituído uma outra ,anterior. Há uma noticia de 1650, inclusivamente, que refere a capela como sendo de abóbada de meia-laranja, belo alpendre e capela-mor constituída pela « capela muito mais antiga que aí existiu».
É uma Igreja de planta longitudinal , orientada a oeste, composta por nave única, capela-mor e sacristia. O frontispício é em empena angular rematado por cruz em pedra, pano delimitado por cunhais de cantaria e aberto por duas janelas gradeadas que ladeiam portal com frontão de dois laços. O interior é de nave única de pavimento em lajes e cobertura em tecto de madeira disposto em três planos. A iluminação é feita através de lanternim, óculo e janela na capela-mor e janelas da nave . Junto à capela-mor e ao longo da nave existem túmulos rasos com legendas e motivos lavrados.

Capela de Nossa Senhora da Saúde





Igreja de Nossa Senhora da Conceição

Capela erguida no lugar de Cela.

A sua existência deve-se a uma história de vida de um dos seus fundadores (Sr. José Luís Ferreira). A sua experiencia de vida como militar na Índia onde foi feito prisioneiro e condenado à morte viu a sua vida traçado e sem futuro.
Mas, sendo ele um verdadeiro crente da religião católica nunca perdeu a esperança de conquistar outro fim para a sua vida.
Assim quando regressou em 1962 e convicto de que teria sido um milagre o seu regresso, pensou de imediato que a construção de uma igreja seria a forma de agradecer à Virgem por ter chegado são , salvo e com saúde . A Nossa Senhora da Saúde era a Virgem a quem recorriam e de que eram crentes, não só o Sr. José Luís Ferreira mas também outros familiares que sofreram na pele graves problemas de saúde .
”” De inicio se pensou numa pequena ermida , mas como o proprietário do terreno ao saber que se tratava de uma igreja logo se aprontou para doar a totalidade da área e assim fazer uma igreja que servisse a população da Cela.””
A sua construção teve inicio em 1981 e levou dez anos a concluir. Feita com mão de obra e materiais oferecidos pela população, (população essa que, assim que surgiu a ideia da construção de uma igreja no lugar não só apoiaram como se uniu para por nãos à obra).

Capela de N. S. dos Campos

Fica no Casal do Franco, entre o Casal da Quinta e Alcanadas Construíram os habitantes dos lugares vizinhos, há serie de anos uma pequena capela em honra de Nossa Senhora dos Campos, invocação bem portuguesa, frequente no Minho e na Beira Interior. O local já era sitio de encontro no domingo da Pascoela no qual se ia “ esperar a sesta”. A Senhora dos Campos representa-se de uma forma interessante e original: como uma mulher das aldeias com blusa e avental, tendo um cântaro na mão.
Capela da Nossa Senhora do Emigrante

Ermida erguida em Alcanadas em honra dos Emigrantes , pertencente à freguesia da Batalha.
Capela construída em 1967 por um grupo de emigrantes. Edifício com uma dimensão de 8mX 4m tem um altar com a imagem da Senhora de Emigrante, tem linhas sóbrias e simples a arquitectura semelhante às habitações feitas nos anos 60-80



Padroeira Nossa Senhora do Rosário
Capela esta que teve as suas origens numa história de vida de uma família que enfrentou a dor de ter familiares na guerra em França.
( conta-se que uma mãe do lugar de Casais dos Ledos, prometeu a sua construção , se o seu filho chegasse da guerra são e salvo)

Capela de S. Sebastião

Esta Capela fica no lugar de Casal do Relvas, e foi construída em 1944, tendo a sua mais recente restauração em 2005.


Esta igreja fica na localidade de Quinta de Sobrado.
Nesta aldeia houve outrora uma capela em honra da Sª do desterro; hoje há esta nova em honra de S. João Baptista.
Conta-se que:
“Na Quinta do Sobrado à uns anos atrás o S. João era celebrado em volta de um rochedo, o Penedo, que se situa a nascente, como que a espreitar o sol. Cantava-se e dançava-se sobre o penedo que tem ares de fantasma sobranceiro ao vale ou que guarda o vale. O costume de festejar o solstício ( 23 de Junho) sobre os rochedos era corrente entre os nossos antepassados Celtas ; dizia-se que esses pontos elevados eram mais sagrados do que os outros porque eram os primeiros a ser tocados pelos raios solares no dia do Deus-Sol”

“livro concelho da Batalha de Severino Pereira e Moisés Espírito Santo”

 


Gastronomia
Tachadéu
Ingredientes:
Carne de porco (febras do lombo, da perna ou de outras, podendo incluir costeletas cortadas em pedaços).
 
Modo de Preparo:
 1. Cortam-se pedaços pequenos, temperam-se com sal, alho e piri-piri a gosto.
2. Põem-se num tacho, de preferência de barro, a fritar sem qualquer óleo.
3. Apenas com a gordura própria, pelo que é necessário ir mexendo pra se não pegarem ao tacho.
4.  Quando muito, pode-se pôr uma colher de sopa de banha de porco.
5. Uma folha de louro dá sempre bom paladar.
6. Depois de alouradas, junta-se-lhes um copo de vinho branco (ou mais, conforme a quantidade) e deixa-se refogar bem.
7. Serve-se acompanhando batatas cozidas com pele e descascadas ou fritas, ou migas de broa com nabos, couve com ou sem feijão branco.
8. Nunca feijão frade.


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