terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FREGUESIA DE TURQUEL

REGIÃO               CENTRO
SUB  REGIÃO       OESTE
DISTRITO             LEIRIA
CIDADE                ALCOBAÇA
FREGUESIA                               Turquel

Existem vestígios neolíticos e dos metais (cobre e bronze), na zona de Turquel. São de destacar as grutas: Casa da Moira, Cova da Ladra, Algar do Estreito, Algar do João Ramos e Buraco do Moniz.
Sobre a Casa da Moira, informa-nos o (Roteiro Cultural da Região de Alcobaça-A Oeste da Serra dos Candeeiros, 2001), que grande parte do espólio desta gruta se encontra na Sala de Arqueologia do Museu do Instituto Geológico e Mineiro, em Lisboa.
No Algar de João Ramos ou Gruta das Redondas, são referenciados achados atribuíveis ao período do bronze, destacando-se uma albarda em cobre, descoberta por Vieira da Natividade, a qual faz parte da colecção da Casa Museu Manuel Natividade.
No Algar do Estreito, lugar situado junto a uma depressão provocada por um afluente do Rio Seco, nos arredores do Carvalhal de Turquel, indica-nos este roteiro, que entre o espólio encontrado neste algar, é de destacar a vasilha de barro cozido representando um suídeo, (adoptado para símbolo da ADEPART) o qual se encontra em exposição no Museu do Instituto Geológico e Mineiro. Este vaso corresponderá ao Período Neolítico, com cerca de 6.000 anos. Foi descoberto em 1881 pelo arqueólogo, Carlos Ribeiro.
É bastante rica em património cultural, tendo mais de 20 associações, sendo a mais antiga a Sociedade Filarmónica Turquelense, desde 1913.
Os principais monumentos são: a Igreja Matriz, a Igreja do Senhor Jesus do Hospital, a capela de Stº António. Nas suas anexas, tem as capelas de NªSª da Nazaré, na serra, NªSª da Serra, na quinta de Vale de Ventos, a Igreja de S. Pedro, no Silval, a Igreja do Carvalhal e a Igreja da Moita do Poço.
Como recursos de água mais importantes tem as Fontes da Vila, do Vale do Homem, da Mina, da Quinta da Granja e a Lagoa da Ereira, no Casal da Lagoa. Tem também alguns algares onde correm águas subterrâneas.
Há pouco mais de 20 anos foi instalada uma instituição de crédito que ajudou bastante a construção que hoje continua com bastante expansão. Neste momento já existe mais uma instituição bancária, devido ao grande desenvolvimento que tem havido em Turquel.
Actualmente, existem cerca de 40 lotes de construções com 3 pisos. O comércio tem mais de meia centena de estabelecimentos. Há cerca de 2 dezenas de escritórios de serviços. Na indústria, temos a construção civil, panificação e confeitaria, carpintaria e serralharia. Na serra dos Candeeiros, há a exploração de pedra que também tem vindo a ser exportada. A agricultura, pouco se tem desenvolvido, devido à escassez de áua para regar, mas a pecuária substituiu a agricultura em uma área de cerca de 40 kms², (sendo a 3ª maior freguesia do concelho de Alcobaça).
PELOURINHO MANUELINO
Séc. XV
Símbolo da autonomia administrativa concelhia, dos direitos e dos deveres das povoações, os pelourinhos são marcos representativos da história local e da tradição política portuguesa definida nas cartas de foral.
Ocupam um lugar privilegiado dentro das localidades, geralmente em frente à Casa da Câmara e têm uma estrutura arquitectónica comum composta por uma coluna com capitel e remate cimeiro, guarnição de ferro e base sobre degraus que lhe proporcionam maior grandeza. A evolução das diferentes formas de Pelourinhos são o resultado dos diferentes estilos que inspiraram determinada época.
Actualmente, funcionam como ponto de encontro para amigos e de descanso, após árdua tarefa do campo.
SEDE DA JUNTA DA FREGUESIA
Em todas as freguesias do país, tem vindo a funcionar o poder local.
De acordo com a época, o poder tem vindo a ser exercido de diversas maneiras.
Antes de 1951, a orientação desta freguesia funcionava nas instalações anexas à Igreja Matriz, por integrar o Pároco da localidade.
Em 1951, sendo Pároco o revº Padre Manuel Duarte, foram alteradas as normas e procedeu-se à nomeação de um Presidente da Junta de Freguesia, António Ribeiro Alves, relojoeiro, que tomou posse nas instalações anexas à Igreja, ficando responsável até 1960.
Ao tomar posse, desde logo, envidou os esforços necessários no sentido de ser conseguido o edifício próprio para o funcionamento dos serviços inerentes a uma Junta de Freguesia. Para isso, começou pela compra de um terreno, onde se veio a construir o edifício onde,ainda hoje, funcionam os serviços da Junta de Freguesia.
IGREJA MATRIZ DA PARÓQUIA DE TURQUEL
Foi construída em 1520, por iniciativa da população local, com autorização do Cardeal-Rei D.Henrique, como ermida dedicada a Nª Senhora da Conceição, dependendo da paróquia de Aljubarrota. Só em 23 de Julho de 1565, foi designada igreja matriz da paróquia de Turquel.
Ainda hoje, mantém, sobre o seu pórtico principal, as armas do Cardeal-Rei, que a mandara ampliar.
Foi novamente alargada pelo Mosteiro, na época do domínio espanhol. Em 1709, desmoronara-se e as cerimónias litúrgicas passaram a ser celebradas na Igreja da Misericórdia.
As obras de reconstrução foram desde 1720 a 1733.
IGREJA DO SENHOR JESUS DO HOSPITA
Igreja da Antiga Misericórdia de Turquel
É uma igreja de arquitectura revivalista neo-gótica.
Esta igreja foi construída num dos aposentos do antigo Hospital da Misericórdia de Turquel, em 1762, vindo a ser reconstruída em 1870. Em 1993, foi beneficiada com obras de conservação, limpeza e pintura.
O hospital funcionou também como albergue de peregrinos, onde lhes eram fornecidos alimentos e dormidas até 3 dias.
Dentre os vários peregrinos que por ali passaram, um deles pediu guarida, mas não mais voltou a ser visto. Todavia, como sinal da sua passagem, deixou um crucifixo de carvão, que, ainda hoje, se encontra exposto na igreja. Esta lenda remonta ao século XVIII.
CAPELA DE SANTO ANTÓNIO
Esta capela situa-se na Rua José Diogo Ribeiro, (antiga Rua do Carril).
A data da sua fundação é desconhecida, mas já em 1754 é citada pelo vigário, Pedro Vicente Ribeiro, como sendo “muito antiga”.
A imagem do seu patrono está colocada no centro de um retábulo apainelado. As divisões laterais deste retábulo retratavam pinturas alusivas à vida de Santo António, como menino do coro na Sé de Lisboa e depois de professar na Igreja de Santa Cruz de Coimbra.
A capela possui um alpendre, a porta, que é ladeada por duas pequenas janelas gradeadas. Estas janelas estão colocadas a uma altura do chão de maneira a permitirem aos fiéis fazerem as suas orações de joelhos, visualizando o seu interior.
O edifício actual não corresponde ao original, porque foi restaurado pelo pároco, Pedro Vicente Ribeiro, com a contribuição dos fiéis. O arco e a divisão ou “capela do fundo” foram construídos em 1844, ligando a capela a uma dependência que estava separada. A sacristia foi ampliada em 1859, graças a um donativo de Jacinto Heliodoro de Oliveira.
EDIFÍCIO DO PODER LOCAL ANTEPASSADO
Turquel foi a maior vila das 13 povoações que faziam parte dos Coutos de Alcobaça. Foi cabeça de concelho, tendo a primeira Carta de Povoação em 1314, dada por Frei Pedro Nunes e o Foral Novo em 1514, concedido por D. Manuel I, chamando-se Villa Nova de Turquel.
O antigo concelho de Turquel compreendia os lugares desta freguesia e a parte oriental da freguesia da Benedita. A sua Câmara funcionava com 2 juízes ordinários que julgavam pequenos crimes, 2 vereadores, o procurador do concelho, o almocaté que julgava as multas a aplicar e vigiava os pesos medidas dos vendedores, o alcaide da vara que tinha a função de polícia, o alcaide carcereiro que controlava a cadeia, o escrivão da Câmara, tabeliães de notas e do judicial. Para manter a ordem pública havia a Companhia da Ordenança da Vila, que era composta por homens casados e tinham prestado serviço militar.
 
CASA DA MÚSICA
O edifício a que os turquelenses se habituaram a tratar como “Casa da Música” foi construído em meados da década de cinquenta do século XX.
A instituição que a inspirou e que veio a usufruir do edifício foi a Sociedade Filarmónica Turquelense, embora, de facto, só tenha entrado na sua posse legal mais de cinquenta anos depois. A banda, que tinha sido fundada em 1913 por José Diogo Ribeiro e outros colaboradores, ensaiava no edifício fronteiro à Capela do Senhor Jesus do Hospital, onde, segundo consta, teria sido outrora a prisão e/ou o julgado de paz, mas que já nessa altura pertencia a particulares.


Gastronomia

FRANGO NA PUCARA
Ingredientes:

Um frango grande ;
200 gr de presunto ;
60 gr de margarina ;
Meia dúzia dentes de alho ;
Um cálice de aguardente ;
Um cálice de vinho do Porto ;
Um copo de vinho branco ;
Salsa ;
Sal ;
Pimenta ;
Azeite q.b. ;
Meio litro de água.

Modo de Preparo:
  1. Corte o frango em bocados e tempere com os dentes de alho pisados com o sal.
  2. Coloque-o na púcara com o presunto cortado em tiras e adicione os restantes ingredientes.
  3. Leve ao lume até levantar fervura após o que, colocando a tampa na púcara, deverá levar ao forno.





2 comentários:

  1. Achado anos 60 Benedita-venda das raparigas-espada de bronze,em buraco do solo a uns 15 a 20 metros de profundidade.Foi identificada pelo museu de Arquiologia de Braga(Victor Hugo)Jan de 2016

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  2. Achado anos 60 Benedita-venda das raparigas-espada de bronze,em buraco do solo a uns 15 a 20 metros de profundidade.Foi identificada pelo museu de Arquiologia de Braga(Victor Hugo)Jan de 2016

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