quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Minha terra Natal

Colaboração da minha prima Laura Machado

Um comentário:

  1. ELEGIA AO NADA

    De repente não havia mais nada,
    Apenas uma lembrança congelada
    Pendurada numa interrogação,
    Que se debatia em vão,
    No vazio voraz de um porquê.

    No verde vale havia três cerejeiras,
    Enormes, três gigantes
    A vergar de frutos luxuriantes;
    Qual fruto proibido
    Lá no bíblico paraíso perdido.

    Nada, não havia mais nada,
    Apenas a mesma estrada
    Em ziguezague, intermitente,
    Qual esquiva serpente
    Sabe-se lá , se por vergonha de gente.

    Lembranças, farrapos de tempo,
    Tremulam no pensamento,
    E uma saudade molhada
    Cruza os ares assustada,
    E chora na voz do vento.
    Eduardo de Almeida Farias

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