quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

bacalhau - dicas

Como identificar o legítimo bacalhau


Identificar o Bacalhau não é tarefa muito fácil, por isso peça sempre que o estabelecimento onde você compra informe corretamente o tipo e a classificação do bacalhau que está sendo vendido.
Mas você pode fazer algumas observações que ajudam a identificar se está comprando o legítimo bacalhau:
1) Observe na hora da compra:
A forma do peixe - o legítimo bacalhau é largo e permite o corte em lombos.
O rabo do peixe - deve ser quase reto ou ligeiramente curvado para dentro, de cor uniforme ( se tiver uma espécie de "bordado" branco na extremidade, não é o legítimo ).
A cor "palha" - se o bacalhau é branquinho, não é o legítimo.
A pele - solta com facilidade; puxe um pouquinho para verificar.
2) Repare se o peixe está bem escovado: sua aparência deve ser limpa, sem manchas escuras. Manchas ( pretas, marrons ) podem ser resíduos do peixe como sangue, bílis, etc. , significando que ele não foi bem trabalhado.
3) Verifique também se ele está bem seco: pegue o bacalhau firmemente pela "cabeça" e solte a cauda. Se ele ficar reto - ou quase reto -está bem curado, se dobrar "caindo" para baixo está mal curado e úmido.

IDÃES

REGIÃO                          NORTE
SUB  REGIÃO                  TAMEGA
DISTRITO                        PORTO
CIDADE                           FELGUEIRAS
FREGUESIA                 Idães

O território da freguesia de Idães, situado no extremo ocidental do concelho de Felgueiras, constitui a importante vila de Barrosas, elevada a esta categoria em 1990. É a terceira maior freguesia do município.

No que respeita ao seu povoamento inicial, o Alto de Sant’Ana é um pequeno cabeço de datação indeterminada. Destaca-se numa zona planáltica que, a norte e a nordeste, domina o vale de Rande e o da Ribeira da Longra. Foram aí recolhidos vestígios de uma ocupação antiga.

O povoado fortificado de Bujim, por seu lado, começou a ser habitado durante a Idade do Bronze, verificando-se a continuidade do seu povoamento pelo menos até à Idade do Ferro. Foi possível detectar a remota presença de três taludes de muralhas em redor do outeiro. Existia ainda, no exterior dos taludes, um duplo fosso com talude intermédio. No interior, amontoados de pedra miúda, de construções e taludes secundários. Como espólio, alguns fragmentos de cerâmica comum micácea.

Segundo alguns autores, ficava na actual área de Idães a antiga localidade de Idia ou Ibdia, referenciada na divisão administrativa da Península Ibérica, feita no século VII pelo lendário rei Wamba, humilde agricultor eleito de Deus para rei dos Visigodos.
Nos inícios do século XI, grande parte destes territórios pertencia a D. Trutesendo Moniz, que em 1027 os legou ao fundador do Mosteiro de Pombeiro. Em 1258, existiam aqui quarenta e três casais, sendo que a maior parte deles estava na posse da Igreja local, do Mosteiro de Pombeiro e de famílias importantes de S. Vicente de Sousa.
 
Ao longo dos séculos, toda esta zona cresceu de forma contínua, ao ponto de ser elevada à categoria de concelho em 1837. Foi o concelho de Barrosas, que sobreviveu até 1852, com quarenta e nove freguesias e mais de seis mil fogos. Durante esse período, foi um dos primeiros municípios portugueses a aderir à Carta Constitucional, restaurada em Janeiro de 1842. Aquando da sua extinção, as suas freguesias foram integradas em Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira.

A elevação de Barrosas a vila, em 1990, foi um pouco o regresso a esses tempos gloriosos e, também, o reconhecimento pela forma como Idães tem contribuído para o desenvolvimento económico de Felgueiras, sobretudo através do sector do calçado.
O Mosteiro do Bom Jesus de Barrosas, classificado como Imóvel de Interesse Público, é o mais importante monumento da freguesia. Trata-se de um edifício composto por duas torres de diferentes tipologias. A fachada é simples e harmoniosa, com portal ao centro, encimado por frontão e janela de sacada. O conjunto classificado, que inclui o largo do Cruzeiro, é especialmente interessante pelas diferentes cotas de nível de pavimento e pela grande variedade de estilos e volumes.
O Cruzeiro do Bom Jesus de Barrosas também está classificado como Imóvel de Interesse Público. Foi construído no primeiro quartel do século XVIII. Monumento maneirista, de grande rigor decorativo nas folhagens, estrias, cartelas e motivos geométricos. A decoração está presente na base, na coluna e na cruz, onde se salienta a imagem de Cristo Crucificado.


Gastronomia
Ingredientes
Bacalhau demolhado 4 postas
Batatas 600 g
Ovos 4 unidades
Couves portuguesas 2 unidades
Azeite 1 dl
Sal q.b.

Modo de Preparo
  1. Coloque um tacho com água e sal ao lume e deixe levantar fervura.
  2. Junte o bacalhau e deixe cozer em lume brando durante 10 minutos.
  3. Entretanto, descasque as batatas e prepare as couves.
  4. Coza as batatas em água temperada com sal; coza as couves à parte; faça o mesmo aos ovos.
  5. Finalmente, descasque os ovos e sirva-os com o bacalhau e as batatas, regando tudo com o molho:
Duas colheres da água do bacalhau cozido
Azeite q.b.
Uma gema de ovo amassada
Uma colherzinha de vinagre
Cebola picada





JOÃO DE BARROS - 1881 -1960

João de Barros - Bacharel em Direito, Professor, jornalista e político,
 tendo ocupado a Pasta dos Negócios Estrangeiros.

Tem uma extensa bibliografia, tanto em prosa como em verso.

Visitou o Brasil em 1922.

Inserimos um de seus sonetos, "Dúvida":
 
Este - o soneto da Saudade inquieta,
em que, lembrando as horas de paixão,
 pergunta à Musa, o sonho do Poeta,
 se ela é fiel à sua adoração.
 
Este - o ritmo de amor em que, discreta
e oculta e desejosa de ilusão,
 minh'alma balbucia a dor secreta
de nunca dominar teu coração...
 
Este - o soneto do viver profundo,
em que a frase mais pobre é todo um mundo
 de incerteza, de mágoa e puro amor...
 
Vai para ti meu coração veemente.
- Mas tu, Amor, se existes, realmente,
 nem mesmo sabes que és o meu Amor!

PTN - NOTICIAS DE PORTUGAL E DO MUNDO


Feliz ano novo





PTN DESEJA A TODOS UM ANO NOVO CHEIO DE ALEGRIA

CURIOSIDADE DO ANO NOVO - ILHA DE PITT

Um dos primeiros territórios habitados a receber o sol do ano novo é a Ilha Pitt, na costa Oriental da Nova Zelândia. Na virada de ano de 1999 para 2000, um fazendeiro do lugarejo, que tem apenas 55 habitantes, vendeu para o governo neo-zelandês, por 104 mil dólares, os direitos de transmissão da alvorada numa das colinas de sua propriedade.
Patriota, o criador de ovelhas recusou uma oferta duas vezes maior feita pela rede americana CNN. Mas ele acha que o governo de seu país fez um mau negócio: as colinas da região onde vive geralmente amanhecem encobertas pela neblina.
O último lugar do mundo a festejar o início de um ano novo é a Ilha de Samoa, no Pacífico.
Por que, na língua inglesa, a mesma palavra que serve para dizer “um brinde” (toast) significa “torrada”? Na França medieval, o vinho não era tão bom quanto é hoje. Para torná-lo mais saboroso em festas e casamentos, pedaços de torradas temperadas ficavam flutuando na taça de vinho. Segundo a tradição, aquele que fosse capaz de beber mais rápido sua taça e engolir a torrada teria direito de fazer um breve discurso. Os discursos, que serviam para agradecer o anfitrião ou homenagear a noiva, se tornaram conhecidos como “toasts” (torradas).
Há um lugar nos Estados Unidos em que se comemora o Ano Novo todas as noites. É o “Pleasure Island”, um dos parques noturnos do complexo Disney World, em Orlando. À meia noite, todos os visitantes vão para a rua central, fazem a contagem regressiva e comemoram a passagem do ano.
O Ano Novo é considerada a festa mais barulhenta do mundo inteiro. Faça muito barulho. Toque corneta, tambor, bumbo, solte fogos de artifício, grite. Vale qualquer escarcéu. De acordo com antigas tradições orientais, os maus espíritos se afugentam com ruídos altos.
O Haiti e o Sudão comemoram seu Dia da Independência no dia 1º de Janeiro.
A Autoridade para a Promoção da Virtude e Prevenção ao Vício (APVPV) proibiu a comemoração do Ano Novo na província de Aseer (Arábia Saudita). A lei local determina que todas as pessoas vistas festejando a data sejam durante reprimidas.

HORTA

REGIÃO                NORTE
SUB  REGIÃO                  DOURO
DISTRITO              BRAGANÇA
CIDADE                 VILA NOVA DE FOZ COA
FREGUESIA                 Horta
A freguesia de Horta, outrora designada por “Horta de Numão”, situa-se na encosta do Vale da Teja, a cerca de 20 quilómetros da sua sede de Concelho (Vila Nova de Foz Côa).
As origens desta localidade vão até ao Calcolítico (a uma distância de 5000 anos).
Há vários vestígios encontrados que nos remetem para essa época, sobretudo no Lugar do Alto do Castanheiro do Vento (onde existe uma linha de muralha que terá sido de um povoado dessa altura), sendo recentemente considerado pelo IPAR lugar de utilidade pública. Vestígios encontrados (agora arrasados para plantação de vinha) e moinhos manuais, no Lugar de Rasa, remetem-nos para a Idade do Ferro e do Bronze.



A presença dos romanos é nítida, nos lugares da Sequeira, Chão do Abade e Vale de Amoreira. Parece poder configurar-se a ideia de três “Villae Romanas”.
Os terrenos da Horta eram muito férteis, pois situam-se nas margens da ribeira da Teja. Por tal facto, foram cobiçados pelo Rei D. Afonso III que aí “adquiriu” uma herdade, que aforou em 1286, passando a designar-se a povoação por “Horta d’El Rei”.
D. Dinis cedeu este lugar a Egas Mendes e mulher, e o senhorio a seu filho bastardo, Fernão Sanches. Em 1314 é-lhe concedido foral e passa a Vila.

D. João I retirou-lhe as liberdades administrativas concedidas pelo foral, em 1384, e, em 1385, doa-a ao marechal Alves Coutinho.
Em 1512 D. Manuel I concede-lhe “foral novo”.
D. João III, doa-a por sua vez, à princesa Guiomar.
No reinado de D. Afonso VI, ficou agregada à Câmara de Freixo de Numão.



No termo da freguesia de Horta do Douro existem vestígios de períodos e ocupação Pré-Histórica: no Alto do CASTANHEIRO DO VENTO, sendo visível uma das linhas de muralha do que teria sido um povoado do Calcolítico (cerca de 5000 anos); no lugar da RASA, vestígios (arrasados para plantio de vinha) do que poderá ter sido um povoado do Bronze e Idade do Ferro (...). Em ambos surpreendeu-nos o número significativo de «moínhos manuais» (em granito) espalhados pela área! No Castanheiro do Vento foram feitas recolhas de superfície de fragmentos cerâmicos, predominando as «cerâmicas penteadas» características do Calcolítico.

Vestígios significativos de Romanização existem nos lugares de: SEQUEIRA, CHÃO DO ABADE e VALE DA AMOREIRA, parecendo-nos serem as três, antigas «Villae Romanas».
Sobre a sua história no período Medieval, valerá a pena citar excertos da obra de Manuel Gonçalves da Costa «História da Diocese de Lamego»:
«A Horta de Numão era-o de facto em sentido agrícola dada a fertilidade dos campos nas margens da ribeira Teja, dos quais se abasteciam os moradores do morro mais árido do castelo. Passou, contudo, a designar-se por Horta de El-Rei quando D. Afonso III lá adquiriu uma herdade que aforou em 1268. Mais tarde, D. Dinis cedeu o lugar a Egas Mendes e mulher, para a granjear mediante um foro de 8º dos frutos «por razão do herdamento que chamão Orta do Rei». Das terras por romper, o enfiteuta pagaria apenas a 10ª parte da colheita. O contrato era válido apenas até à morte de um dos cônjuges, que foi a mulher, sendo contudo o viúvo autorizado a continuar o granjeio da propriedade em sua vida. O mesmo monarca cedeu o senhorio de Horta a seu filho bastardo Fernão Sanches o qual, pelos anos de 1314, lhe deu foral, elevando-o à categoria de vila com jurisdição própria e privilégios de concelho, o que explica a existência do pelourinho. No judicial, contudo, ficava dependente de Numão. Com exclusão do casal de Egas Mendes, a terra foi repartida pelos outros 9 vizinhos com o foro anual da 5ª parte do pão, vinho, linho e legumes pagos ao senhor donatário. Pelo Natal, cada família era obrigada a levar-lhe mais um cabrito e um alqueire de trigo.











D. João I parece ter-lhe suspendido as liberdades municipais ao pretender recompensar com ela, a 10 de Setembro de 1384, a Gonçalves Pires, por serviços prestados à coroa, pois designa-a por «aldeia que é a par de Numão». A posse contudo não deve ter-se efectivado porque, a 7 de Dezembro do ano seguinte, Horta seguiu a sorte do Castelo nas desmesuradas doações reais a favor do marechal Vasques Coutinho. O foral deve ter contribuído para o desenvolvimento da nova vila, ainda que moderadamente, pois no censo de 1527 ela alinha entre os concelhos mais reduzidos do Reino com apenas 30 fogos.»
Em 15 de Dezembro de 1512, alcançou de D. Manuel o seu foral novo.
No século XVI, já no reinado de D. João III, surge como sua donatária a princesa D. Guiomar, em substituição dos Condes de Marialva.
A Horta, no século seguinte, durante o reinado de D. Afonso VI, veio a ser anexada à câmara de Freixo de Numão, à semelhança do que tinha acontecido com Numão.













O Património Rural está bastante descaracterizado devido às novas construções com motivos arquitecturais «importados»!
Quanto a edificações religiosas possui a antiga Igreja Matriz, que dizem ter sido construída em tempos de D. João III! E a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, na Lameira, à qual atribuem a data de 1040. Na arquitectura civil destaca-se uma «casa apalaçada», da família Araújo Negrão, com brasão, do século XVIII, bem como o PELOURINHO.
«...Ao centro do terceiro degrau repousa a plataforma, peça igualmente circular, concordante, com saliente rebordo superiormente a modo de moldura plana (...) O fuste... de tosco aparelho, secção quadrada com insipientes chanfros irregularmente definidos ao longo dos ângulos, sobre o fuste, até ao capitel constituído por moldura rebordante e estreita gola circular subindo em secção cilíndrica até ao largo ábaco com feição de cornija de quatro faces iguais, muito salientes... Ao meio do plano quadrangular da mesa encontra-se o «remate» da picota, tronco do cilindro como prolongamento do fuste...»


Gastronomia
 Coscorões

Ingredientes:

• 500 gr de farinha
• 3 ovos
• Raspa de laranja
• 50 gr de açúcar
• 50 gr de manteiga
• 50 gr de aguardente
• Água e sal q.b.

Modo de Preparo:

1.                   Misturar bem o açúcar com a manteiga.
2.                   Adicionar os ovos, a aguardente, a farinha e o sal e amassar muito bem.
3.                   Adicionar água se necessário e amassar até obter uma massa lisa e elástica.
4.                   Deixar repousar durante, pelo menos, uma hora.
5.                   Tender rectângulos com o auxílio do rolo, numa espessura de 2 milímetros.
6.                   Fazer três cortes no meio.
Fritar em óleo e passar por açúcar e canela.

JOÃO DE DEUS RAMOS - 1830-1896

João de Deus Ramos - Concluiu o curso de direito em Coimbra.

Nuno Catharino Cardoso escreveu sobre ele: "Lírico inspiradíssimo,
algumas das poesias de João de Deus, figuram entre as mais belas da língua portuguesa.

O "Campo de Flores" é o maior monumento lírico que poetas portugueses têm construído".

 Camilo Castelo Branco assim se manifestou sobre ele: "João de Deus não tem escola. É ele".

Popularíssimo, sua poesia é de uma suavidade rara.
 
O      soneto abaixo está incluído no seu imortal poema "A Vida":
 
Foi-se-me pouco a pouco amortecendo
a luz que nesta vida me guiava,
 olhos fitos na qual até contava
 ir os degraus do túmulo descendo.
 
Em se ela anuviando, em a não vendo,
 já se me a luz de tudo anuviava;
 despontava ela apenas, despontava
logo em minha alma a luz que ia perdendo.
 
  Alma gêmea da minha, ingênua e pura
 como os anjos do céu (se o não sonharam...)
quis mostrar-me que o bem, bem pouco dura!
 
  Não sei se me voou, se m'a levaram;
nem saiba eu nunca a minha desventura
contar aos que ainda em vida não choraram...